O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou neste sábado (30) que a Polícia Penal do Distrito Federal realize monitoramento presencial na área externa da residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar e é monitorado por tornozeleira eletrônica.
A decisão atende a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que na segunda-feira (25) havia sugerido a ampliação da fiscalização sobre Bolsonaro. Em documento enviado ao STF, a PGR apontou que seria necessário reforçar o monitoramento externo, incluindo o uso de câmeras, mas descartou a presença de agentes dentro da residência, como havia recomendado a Polícia Federal.
Nesta semana, Moraes já havia determinado que o ex-presidente fosse acompanhado em tempo integral. O reforço na vigilância ocorre devido ao risco de fuga, segundo autoridades, considerando a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos, tentando influenciar autoridades estrangeiras contra o Judiciário brasileiro.
Além do monitoramento externo, o ministro estabeleceu que a Polícia Penal realize vistoria nos habitáculos e porta-malas de todos os veículos que saírem da residência do ex-presidente. As inspeções deverão ser documentadas, registrando veículos, motoristas e passageiros, e os relatórios enviados diariamente à Justiça.
As medidas refletem a preocupação do STF e da PGR em garantir o cumprimento rigoroso da prisão domiciliar e prevenir qualquer tentativa de fuga ou interferência externa no processo judicial.