O Grito dos Excluídos aconteceu próximo ao desfile cívico-militar no centro do Rio de Janeiro, reunindo manifestantes que abordaram não apenas a soberania nacional, mas também pautas de sindicatos e movimentos sociais. Mães de jovens vítimas de violência estatal reivindicaram justiça e investigação independente.
“A gente luta por uma perícia independente e que esses casos sejam levados a júri popular, pois a mesma polícia que mata também investiga”, declarou Nívia do Carmo Raposo, fundadora do Movimento de Mães e Familiares de Vítimas da Violência Letal do Estado.
Participantes também protestaram contra as ofensivas de Israel na Faixa de Gaza, reforçando a solidariedade internacional aos povos subjugados. Leandro Longo, do Comitê em Defesa da Palestina, ressaltou que a luta representa a defesa de todos os povos oprimidos.
O lema do protesto este ano foi 7 de Setembro do Povo – quem manda no Brasil é o povo brasileiro, enfatizando a importância da participação popular nas decisões do país. José Ferreira, presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, destacou que as pautas trabalhistas, como o fim da escala 6×1, permanecem centrais.
O vereador Rick Azevedo (PSOL) agradeceu o apoio dos manifestantes à pauta trabalhista. Outras demandas incluíram a taxação de super-ricos e isenção do imposto de renda para trabalhadores com renda de até R$ 5 mil. Cartazes pedindo a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro e palavras de ordem contra a anistia também se fizeram presentes.
Uma intervenção artística da Escola de Teatro Popular simbolizou a luta da população contra os poderosos, representados por tubarões, mostrando a união do povo em defesa de pautas como reforma agrária, trabalho digno e proteção da Amazônia.
O protesto seguiu em marcha pelas avenidas Presidente Vargas e Rio Branco até a Praça Mauá, enquanto o desfile cívico-militar ocorreu na Avenida Presidente Vargas, em frente ao Quartel-General do Comando Militar do Leste, com cerca de 5 mil participantes de forças armadas, polícias, bombeiros e estudantes.
Foram exibidos 250 veículos, blindados, viaturas, motocicletas e cavalaria, além de aeronaves sobrevoando o centro do Rio. Paralelamente, outro protesto bolsonarista ocorreu em Copacabana, pedindo anistia para condenados por atos golpistas e liberdade ao ex-presidente, com mensagens de apoio ao presidente americano Donald Trump.















