O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) realizou nesta quinta-feira (30) uma perícia independente nas vítimas da Operação Contenção, no Instituto Médico-Legal (IML) Afrânio Peixoto, localizado na zona portuária da capital. A ação teve também o objetivo de acolher os familiares dos mortos durante o processo de liberação dos corpos.
A operação policial, conduzida na última terça-feira (28) pelas polícias Civil e Militar, nas comunidades da Penha e do Alemão, deixou 121 mortos. A equipe técnico-pericial do MPRJ atuou desde a chegada dos corpos, em cumprimento às determinações da Corte Interamericana de Direitos Humanos e do Supremo Tribunal Federal, no contexto da ADPF 635, conhecida como ADPF das Favelas.
O trabalho envolveu oito profissionais, supervisionados integralmente por um promotor de Justiça, assegurando transparência e rigor técnico ao procedimento.
O Núcleo de Apoio às Vítimas (NAV) manteve diálogo com organizações da sociedade civil e familiares, oferecendo informações sobre os serviços disponíveis e apoio psicológico aos enlutados. O núcleo também colocou à disposição o Programa de Localização e Identificação de Pessoas Desaparecidas (PLID) para auxiliar na identificação de vítimas ainda não reconhecidas.
Além disso, a Coordenadoria de Direitos Humanos e Controle de Convencionalidade do MPRJ manteve interlocução com órgãos públicos e representantes comunitários, esclarecendo o papel institucional do Ministério Público na defesa dos direitos humanos e na proteção individual das vítimas.
Durante todo o dia, representantes do MPRJ permaneceram nas dependências do IML e do prédio anexo do Detran, acompanhados da Polícia Técnico-Científica, do Instituto de Pesquisa e Perícia Genética Forense e de entidades da sociedade civil, reforçando o compromisso com a independência técnica, a transparência e o respeito às famílias.
 
     
     
     
     
     
							













 

