Instrutor poderá dar aulas de CNH sem vínculo com autoescola, define Ministério dos Transportes

O Ministério dos Transportes estabeleceu novas regras que permitem a atuação de instrutores autônomos de trânsito, sem a necessidade de vínculo com autoescolas.

Fonte: CenárioMT

Instrutor poderá dar aulas de CNH sem vínculo com autoescola, define Ministério dos Transportes
Foto: Lidiana Cuiabano/Detran-MT

O Ministério dos Transportes anunciou as regras para a atuação de instrutores autônomos de trânsito. A partir das novas diretrizes, profissionais poderão oferecer aulas práticas de direção sem estarem vinculados a autoescolas, ampliando as opções de aprendizado para candidatos à Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

A medida integra as mudanças em discussão no processo de obtenção da CNH, que está em fase de consulta pública até 2 de novembro. O objetivo é modernizar o sistema e reduzir custos para os futuros condutores.

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Curso obrigatório

Para exercer a função, o interessado deverá concluir um curso específico de capacitação, com foco em didática, legislação de trânsito e direção responsável. Após aprovação em avaliação final, o profissional receberá certificado de conclusão.

O instrutor autônomo deverá garantir que os alunos cumpram as normas de segurança viária, reforcem os conteúdos teóricos e recebam feedback sobre o desempenho nas aulas práticas.

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Autorização e registro

Após o curso, o instrutor precisará obter autorização do Detran para atuar. O nome do profissional será então incluído em um registro oficial mantido pelo Ministério dos Transportes.

Veículos e identificação

Os veículos utilizados nas aulas — sejam do aluno ou do instrutor — deverão atender aos padrões de segurança do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), incluindo limite de idade da frota. É obrigatória uma identificação visível no veículo, indicando que ele está sendo usado para ensino. Todas as aulas devem ser comunicadas ao Detran local.

Formas de atuação

O novo modelo permite que instrutores já vinculados a autoescolas continuem atuando nelas e, simultaneamente, prestem serviços de forma autônoma. O trabalho desses profissionais será fiscalizado pelos Detrans estaduais, que exigirão documentos como CNH, credencial de instrutor, licença de aprendizagem e registro do veículo.

A Carteira de Identificação Profissional será emitida gratuitamente pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), após o cumprimento de todos os requisitos legais.

Objetivo da mudança

A proposta do governo federal busca simplificar o processo de obtenção da CNH e reduzir os custos ao cidadão. Hoje, o valor médio para emissão do documento é de cerca de R$ 3,2 mil, e o governo estima uma redução de até 80% com o novo modelo.

Os exames teórico e prático continuarão sendo etapas obrigatórias para a concessão da habilitação.

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Gabriela Cordeiro Revirth, independente jornalista e escritora, é uma pesquisadora apaixonada de astrologia, filmes, curiosidades. Ela escreve diariamente para o Portal de Notícias CenárioMT para partilhar as suas descobertas e orientar outras pessoas sobre esses assuntos. A autora está sempre à procura de novas descobertas para se manter atualizada.