A 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres teve início nesta segunda-feira (29) em Brasília, reunindo cerca de 4 mil participantes até quarta-feira (1º). O evento, coordenado pelo Ministério das Mulheres e pelo Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, traz como tema central “Mais Democracia, Mais Igualdade, Mais Conquistas para Todas”.
Após quase uma década sem realização, o encontro volta a ser um espaço de participação social para debater igualdade de gênero, enfrentamento à violência contra as mulheres, ampliação da presença feminina em cargos de decisão e fortalecimento das políticas de cuidado e autonomia econômica. Além disso, estão na pauta questões como saúde, educação, assistência social, direitos reprodutivos e o fim da jornada 6×1.
Em entrevista, a ministra das Mulheres, Márcia Lopes, destacou que a conferência representa a retomada do diálogo democrático e da construção coletiva de políticas públicas. “Tivemos anos de silenciamento, mas agora vivemos um contexto de otimismo para que as mulheres ocupem seu espaço de voz e decisão”, afirmou.
A etapa nacional é resultado de uma ampla mobilização iniciada em abril, com conferências municipais, estaduais e livres, que reuniram mais de 156 mil mulheres em todo o país. Segundo a ministra, essa pluralidade garante representatividade a diferentes grupos sociais, incluindo mulheres negras, quilombolas, indígenas, idosas, com deficiência e da comunidade LGBTQIA+.
Durante três dias, o encontro contará com painéis temáticos, espaços de diálogo, feira de economia solidária, atividades culturais e uma plenária final, onde serão aprovadas as propostas que vão nortear o novo Plano Nacional de Políticas para as Mulheres. A abertura oficial contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de autoridades dos Três Poderes.
Para Márcia Lopes, a 5ª CNPM já é considerada uma vitória pela mobilização alcançada e pela diversidade de vozes. “São 4 mil mulheres que encantam a Esplanada, trazendo força coletiva e esperança para um futuro com mais justiça social e igualdade”, concluiu.