Governadores do Consórcio Nordeste se reunirão com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, para discutir o tarifaço imposto pelos Estados Unidos sobre as exportações brasileiras. A mobilização busca evitar prejuízos à economia da região, proteger os empregos e minimizar os impactos sobre cadeias produtivas estratégicas.
De acordo com o consórcio, a articulação emergencial está sendo conduzida em parceria com a APEXBrasil e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). A meta é construir uma resposta coordenada para defender os setores produtivos da região, que serão afetados diretamente pela nova taxação americana.
As tarifas de 50% anunciadas pelo governo dos EUA devem entrar em vigor a partir de sexta-feira (1º). Em resposta, os governadores marcaram encontros para os dias 5 e 6 da próxima semana. Na terça-feira, eles participarão da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o Conselhão, e, à tarde, realizarão a Assembleia Geral do Consórcio Nordeste.
Na quarta-feira, os governadores se encontrarão com o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, no Palácio do Planalto.
Segundo o presidente do consórcio e governador do Piauí, Rafael Fonteles, os setores mais afetados incluem fruticultura, apicultura, têxtil, calçadista, metalmecânico e indústria automotiva. Ele afirmou que a região não ficará inerte diante dos impactos econômicos e que está sendo feito um mapeamento técnico para dimensionar os prejuízos por estado e setor.
“O Nordeste não assistirá passivamente ao impacto dessas medidas. Estamos somando forças com a APEXBrasil e o MDIC para garantir a proteção dos nossos empregos, das nossas empresas e da nossa capacidade produtiva”, declarou Fonteles.
A estratégia também prevê a busca por novos mercados internacionais, ampliando as rotas de exportação dos produtos nordestinos. A defesa da economia regional é tratada como prioridade e, nas palavras de Fonteles, “defender a economia do Nordeste é defender o Brasil”.