Governadores do Nordeste reagem ao tarifaço dos EUA com reunião com Lula

Lideranças do Consórcio Nordeste articulam resposta emergencial ao aumento de tarifas sobre exportações brasileiras anunciado pelos Estados Unidos.

Fonte: CenárioMT

O Porto de Santos responde por quase 30% da balança comercial do país. Importação, exportação, balança comercial, porto, navio, container, comércio exterior - Foto: Divulgação/Porto de Santos
Foto: Divulgação/Porto de Santos

Governadores do Consórcio Nordeste se reunirão com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, para discutir o tarifaço imposto pelos Estados Unidos sobre as exportações brasileiras. A mobilização busca evitar prejuízos à economia da região, proteger os empregos e minimizar os impactos sobre cadeias produtivas estratégicas.

De acordo com o consórcio, a articulação emergencial está sendo conduzida em parceria com a APEXBrasil e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). A meta é construir uma resposta coordenada para defender os setores produtivos da região, que serão afetados diretamente pela nova taxação americana.

As tarifas de 50% anunciadas pelo governo dos EUA devem entrar em vigor a partir de sexta-feira (1º). Em resposta, os governadores marcaram encontros para os dias 5 e 6 da próxima semana. Na terça-feira, eles participarão da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o Conselhão, e, à tarde, realizarão a Assembleia Geral do Consórcio Nordeste.

Na quarta-feira, os governadores se encontrarão com o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, no Palácio do Planalto.

Segundo o presidente do consórcio e governador do Piauí, Rafael Fonteles, os setores mais afetados incluem fruticultura, apicultura, têxtil, calçadista, metalmecânico e indústria automotiva. Ele afirmou que a região não ficará inerte diante dos impactos econômicos e que está sendo feito um mapeamento técnico para dimensionar os prejuízos por estado e setor.

O Nordeste não assistirá passivamente ao impacto dessas medidas. Estamos somando forças com a APEXBrasil e o MDIC para garantir a proteção dos nossos empregos, das nossas empresas e da nossa capacidade produtiva”, declarou Fonteles.

A estratégia também prevê a busca por novos mercados internacionais, ampliando as rotas de exportação dos produtos nordestinos. A defesa da economia regional é tratada como prioridade e, nas palavras de Fonteles, “defender a economia do Nordeste é defender o Brasil”.