A Polícia Militar do Rio de Janeiro apreendeu 500 fuzis desde o início de 2025, em operações realizadas por batalhões localizados em Irajá, Ilha do Governador e Bangu, áreas estratégicas das zonas norte e oeste da capital. O número reforça a gravidade da presença de armas de guerra em território fluminense e o esforço das forças de segurança para conter o avanço do crime organizado.
O governador Cláudio Castro destacou a necessidade de maior apoio federal no combate ao tráfico de armas. Segundo ele, 2024 terminou com 732 fuzis recolhidos, e o atual volume já evidencia um quadro preocupante. “Não podemos permitir que essas armas continuem circulando em nosso estado”, afirmou.
Durante as operações, a Secretaria de Estado de Polícia Militar também retirou de circulação seis armamentos de uso restrito das forças de segurança, que estavam em poder de facções criminosas. Uma análise da Subsecretaria de Inteligência revelou ainda uma mudança no perfil das armas: em 2025, grande parte dos fuzis apreendidos foi montada em fábricas clandestinas ligadas ao crime organizado, enquanto até o ano passado mais de 90% vinham do exterior.
As maiores apreensões têm ocorrido em regiões marcadas por disputas territoriais entre facções, como os Complexos do Chapadão e da Pedreira, além do Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho.
Para o secretário de Polícia Militar, coronel Marcelo Nogueira, cada arma recolhida representa um avanço na segurança pública. “Cada fuzil retirado de circulação significa vidas preservadas e comunidades mais seguras. Nosso objetivo é seguir com ações integradas e estratégicas para reduzir o poder de fogo do crime”, afirmou.
Os resultados são atribuídos ao investimento em equipamentos modernos, uso de tecnologia e inteligência, planejamento de operações e também à colaboração da população, que auxilia as autoridades com informações anônimas.
