Fávaro cobra postura e ‘enquadra’ bolsonaristas no PSD

Fonte: Allan Mesquita - Gazeta Digital

Carlos Fávaro homenageia os corretores de imóveis 2020 08 27 17:21:48
Agência Senado

Lideranças bolsonaristas do Partido Social Democrático (PSD) de Mato Grosso terão que mudar a postura ou procurar “outro rumo”, caso desejem continuar fazendo oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O recado foi dado pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, aos filiados que, em 2022, fizeram campanha pela reeleição fracassada do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e não são adeptos ao governo petista.

“Quem não se adequar nesse modelo, pode procurar outra agremiação partidária, seja quem for. O cara não pode ficar insatisfeito. Não pode ir contra o partido. Então, tem que procurar onde vai ficar satisfeito”, disse durante entrevista essa semana.

Presidente do PSD no Estado, Fávaro lembrou que na eleição passada o partido liberou os correligionários para que apoiassem seus respectivos candidatos na disputa presidencial. No entanto, o jogo mudou com o PSD na base de Lula e no comando do Ministério da Agricultura e Pecuária, pasta que terá R$ 13 bilhões de orçamento em 2023.

O posicionamento já incomoda algumas lideranças bolsonaristas da legenda. Entre eles, o deputado estadual, Nininho, e o prefeito de Tapurah (433 km a médio-norte), Carlos Alberto Capeletti (PSD).

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No ano passado, Nininho chegou a afirmar que não deixaria o PSD, mesmo com o partido na base de Lula. Já Capelleti está afastado do Executivo por meio de uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, depois de ter incentivado os atos antidemocráticos em Brasília.

No segundo turno das eleições, o gestor ainda teve que se retratar publicamente e cancelou o sorteio de um carro 0 km aos moradores que havia prometido, caso o município fosse o líder do estado em número de votos para Bolsonaro.

Fávaro, por sua vez, foi enfático ao dizer que as lideranças terão que se adequar, caso desejem permanecer na legenda.

“Agora o jogo mudou, nós não estamos liberando. O diálogo começa agora na construção, porque fazemos parte do governo Lula”, finalizou

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