A Polícia Federal indiciou o ex-deputado estadual Thiego Raimundo de Oliveira Santos, conhecido como TH Joias, junto a 17 pessoas por envolvimento com facções criminosas no Rio de Janeiro.
O relatório final das investigações, conduzidas pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), foi enviado ao desembargador Macário Ramos Júdice Neto, da 1ª Seção Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2).
Entre os indiciados estão membros do Comando Vermelho (CV) e do Terceiro Comando Puro (TCP), além de policiais militares, um delegado federal e Alessandro Pitombeira Carracena, ex-secretário na prefeitura e no governo estadual do Rio.
O delegado da PF, Gustavo Steel, também foi indiciado após ser preso em flagrante durante a Operação Zargun, enquanto estava de plantão no Aeroporto Internacional do Rio. As apurações indicam que ele fornecia informações sigilosas a criminosos, inclusive consultando sistemas de segurança sobre mandados contra outros suspeitos.
Dentre os envolvidos estão Dudu, Luiz Eduardo Cunha Gonçalves, ex-assessor parlamentar de TH Joias, acusado de fornecer aparelhos antidrones e atuar como vendedor para facções, e Gabriel Dias de Oliveira, o Índio do Lixão, suspeito de adquirir fuzis no Paraguai e repassá-los ao Comando Vermelho.
Prisão
Em 3 de setembro, TH Joias e outros 14 suspeitos foram detidos na Operação Zargun, conduzida pela PF e pelo Ministério Público do Rio. O ex-deputado foi preso em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca e, no mesmo dia, perdeu seu cargo na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Antes de entrar para a política, TH Joias atuava como joalheiro, produzindo peças de ouro cravejadas de diamantes para artistas e jogadores de futebol. Ele foi indiciado por organização criminosa, tráfico interestadual de armas e drogas, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, contrabando, exploração clandestina de telecomunicações, evasão de divisas, violação de sigilo profissional e obstrução de investigação.
