O Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos aprovou um projeto da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) no valor de R$ 5,2 milhões destinado à digitalização do acervo da Rádio MEC. Os recursos serão repassados pelo Fundo de Direitos Difusos, vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Desde 2014, a EBC mantém a Central de Pesquisas responsável por garantir o acesso público aos materiais já digitalizados, atendendo pesquisadores, estudantes e produtores culturais. A nova etapa do projeto prevê a digitalização de 17 mil fitas magnéticas com programas gravados entre as décadas de 1950 e 1990, incluindo produções históricas como Acervo MEC FM, Antologia do Choro e A Arte do Piano.
A diretora de Conteúdo e Programação da EBC, Antonia Pellegrino, destacou que a aprovação representa uma conquista significativa. “O projeto fortalece a memória da comunicação pública, democratiza o acesso à cultura e preserva nossas raízes como brasileiros”, afirmou.
O cronograma de execução prevê duração de 36 meses, divididos em quatro fases, cada uma com oito meses de trabalho e responsável por 25% da digitalização total. A gerente de Acervo e Pesquisa da empresa, Maria Carnevale, ressaltou que a iniciativa garante a preservação de um dos acervos sonoros mais antigos do país, tornando-o acessível às futuras gerações.
Além de combater a degradação natural das fitas, o projeto deve impulsionar novas pesquisas e produções culturais, servindo como fonte de conhecimento e inspiração para a criação de conteúdos de rádio e televisão. A EBC também planeja lançar um site para disponibilizar os arquivos digitalizados ao público.
Com 102 anos de história, a Rádio MEC é reconhecida como a primeira emissora pública do Brasil e referência em música clássica. Fundada em 1923 como Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, a emissora dedica 80% de sua programação à música de concerto, sem deixar de abrir espaço para jazz e MPB, conquistando uma audiência fiel em diversas regiões do país.















