Aprovada em Plenário indicação de embaixador no Nepal

Sabatina de Carlos Den Hartog na Comissão de Relações Exteriores foi realizada por meio de videoconferência na segunda-feira

Fonte: CenárioMT com inf. Agência Senado

Aprovada em Plenário indicação de embaixador no Nepal 2020 09 23 19:05:10
Pedro França/Agência Senado

O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (23) a indicação do diplomata Carlos Alberto Michaelsen Den Hartog para o cargo de embaixador do Brasil no Nepal. O relatório foi elaborado pelo senador Chico Rodrigues (DEM-RR). O indicado recebeu 37 votos favoráveis, quatro contrários e uma abstenção.

A trajetória de Carlos Alberto Hartog na diplomacia começou em 1983. Seu primeiro posto internacional foi exercido na missão do Brasil junto à Comunidade Econômica Europeia (CEE), em Bruxelas, no período de 1987 a 1990.

O Nepal ocupa a 147ª posição quanto ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) entre 188 países. As relações diplomáticas com o Brasil foram estabelecidas em 1976. A cooperação técnica é a principal vertente do relacionamento bilateral, por meio de projetos ligados à área social, como a proteção à infância, e político-institucionais, como governança e gestão federativa. Mas há interesse do Nepal em receber projetos e consultoria de empresas brasileiras na construção de usinas hidrelétricas, dado o grande potencial de seus rios para a geração de energia.

O Brasil mantém com o Nepal comércio bilateral superavitário. Em 2019, a balança comercial, favorável ao Brasil, foi de US$ 2,3 milhões. Os principais produtos exportados pelo Brasil são hortaliças, leguminosas, especiarias e cereais. Os principais produtos nepaleses importados pelo Brasil são tapetes artesanais tradicionais. Há oportunidades para as empresas brasileiras de construção em obras de infraestrutura de transportes e de reconstrução pós-terremoto, assim como para a expansão do agronegócio brasileiro nesse país asiático.

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Na sabatina, realizada na Comissão de Relações Exteriores (CRE) na segunda-feira (21), o diplomata disse que o Nepal é um ponto estratégico para o Itamaraty ficar a par da visão daquela parte do mundo sobre “o deslocamento dos eixos geoeconômico e geopolítico do Ocidente para o continente asiático”. O Nepal tem fronteiras com China e Índia e não tem litoral, acrescentou. 

Eles têm interesse em agricultura, área energética, hidrelétricas, e isso pode trazer um impacto no nosso comércio com eles, que é pequeno. Eu gostaria também de trabalhar em um acordo de cooperação científica, educacional e cultural com o Nepal — disse.