O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) criticou as manobras do Governo de Mato Grosso que impediram a votação do projeto de lei que concede reajuste de 6,8% aos servidores do Poder Judiciário. A proposta, em segunda votação na Assembleia Legislativa, foi novamente adiada após pedido de vista feito pela base governista.
Mesmo com a presença expressiva de servidores nas galerias, o parlamentar lamentou o novo adiamento. “Estamos tristes com o pedido de vista, mas vamos seguir firmes. Já há maioria consolidada para aprovar o reajuste e fazer justiça com os servidores do Judiciário”, afirmou Lúdio.
Projeto beneficia mais de 4 mil servidores
O Projeto de Lei nº 1398/2025, encaminhado pelo Tribunal de Justiça em setembro, prevê reajuste para cerca de 4,9 mil servidores de níveis médio e superior. O impacto estimado é de R$ 64 milhões anuais, representando menos de 5% do orçamento total da folha do Judiciário.
A proposta já recebeu parecer favorável das comissões de Trabalho e de Constituição e Justiça, restando apenas a deliberação final em plenário.
Debate sobre justiça salarial
Lúdio destacou que o Poder Executivo tem utilizado “todas as ferramentas regimentais e políticas” para postergar a votação. Segundo ele, a mobilização dos trabalhadores garantiu maioria favorável ao reajuste. “Na próxima semana, voltaremos à pauta para aprovar o projeto e garantir justiça aos servidores”, declarou.
O deputado também rebateu o argumento de que o aumento geraria um “efeito cascata” em outros setores. “Isso é conversa fiada. Não existe efeito cascata. O que há é justiça: um grupo de servidores recebe o reajuste merecido, o que fortalece a luta dos demais. No Executivo, que acumula quase 20% de perdas salariais, o contraste será evidente”, afirmou.
Mobilização continua
Com o impasse, a votação deve retornar ao plenário na próxima quarta-feira. Servidores prometem manter a pressão para garantir a aprovação do reajuste. O tema mobiliza diferentes categorias e reacende o debate sobre valorização do serviço público no Estado.
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