Dia do Médico: Desafios, avanços e a missão de cuidar

Fonte: Marlon Mendonça

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Hoje, 18 de outubro, celebramos o Dia do Médico. Para muitos, é uma data simbólica, mas para nós que vivemos a medicina no dia a dia, é um momento de profunda reflexão, sobre a nossa missão, nossos desafios e, principalmente, sobre o compromisso que assumimos ao escolher cuidar de vidas.

Escolher ser médico é, antes de tudo, aceitar uma responsabilidade que vai muito além da técnica. No meu caso, como ortopedista e cirurgião de coluna, essa responsabilidade se manifesta diariamente na vida de pessoas que buscam alívio da dor, melhora da mobilidade ou recuperação de algo tão básico quanto a qualidade de vida.

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A medicina exige precisão, sim, mas também exige escuta, empatia e resiliência. Somos confrontados com histórias, dores, medos e expectativas que não cabem em exames de imagem ou relatórios clínicos. E isso torna nossa jornada ainda mais desafiadora e, ao mesmo tempo, profundamente humana.

Essa presença contínua exige um equilíbrio constante entre o cuidado com o outro e o cuidado consigo mesmo. Não podemos e nem conseguiremos esquecer que a pandemia da COVID-19 foi um teste extremo para toda a classe médica. Nos mostrou o quanto somos essenciais, mas também o quanto somos vulneráveis.

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Em um primeiro momento, enfrentamos o medo, a insegurança, a ausência de respostas. Depois, vieram as adaptações: protocolos rigorosos, adiamento de procedimentos, reorganização de rotinas, pacientes com quadros agravados pela falta de acesso ou pelo medo de buscar ajuda.

No meu campo, vimos o impacto direto do isolamento: o aumento de dores musculoesqueléticas, o sedentarismo, o agravamento de doenças da coluna. A saúde física e mental de muitos pacientes foi profundamente afetada. E nós, médicos, tivemos que nos reinventar para continuar oferecendo cuidado, mesmo diante do caos.

Por outro lado, a pandemia também acelerou um movimento que já estava em curso: a integração de novas tecnologias na medicina. Hoje, temos à disposição ferramentas que transformam completamente a prática médica desde a telemedicina, passando por cirurgias minimamente invasivas, navegação por imagem, até o uso de inteligência artificial no planejamento de procedimentos.

Na cirurgia de coluna, esses avanços permitem intervenções mais precisas, menos invasivas e com recuperação mais rápida. O paciente se beneficia diretamente disso, e nós, médicos, ganhamos mais segurança e previsibilidade nos resultados. No entanto, é fundamental lembrar: nenhuma tecnologia substitui a escuta, o olhar atento e a relação médico-paciente construída com confiança e empatia.

Neste Dia do Médico, celebro não apenas a minha profissão, mas todos aqueles que escolheram esse caminho no Brasil e no mundo. Também destaco os meus colegas e sócios do hospital H.Bento que assim como eu, atuam na gestão, mas também fazem questão de atender e estar presente na demanda de cada paciente até o momento da alta médica de forma humanizada e acolhedora. E agradeço, principalmente, aos meus pacientes, que diariamente me lembram do verdadeiro sentido de ser médico.

A medicina me ensinou a ter humildade diante da complexidade do corpo humano e coragem diante da dor do outro. Me ensinou que cada paciente é único e que, por trás de cada diagnóstico, há uma vida com histórias, sonhos e medos.

Marlon Mendonça é médico ortopedista e especialista em coluna no Hospital H.Bento

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Formado em Jornalismo, possui sólida experiência em produção textual. Atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT, onde é responsável por criar conteúdos sobre política, economia e esporte regional. Além disso, foca em temas relacionados ao setor agro, contribuindo com análises e reportagens que abordam a importância e os desafios desse segmento essencial para Mato Grosso. Cargo: Jornalista, DRT: 0001781-MT