Simpósio de pós-colheita em Mato Grosso do Sul debate qualidade na armazenagem de grãos

Conab participa do VI Simpósio de Pós-colheita de Grãos do Mato Grosso do Sul. Evento, realizado até o próximo dia 30, visa trazer importantes contribuições para a pós-colheita de grãos, promovendo a sustentabilidade e a segurança alimentar

Fonte: Assessoria

Colheita de soja, agricultura Por: CNA/Wenderson Araujo/Trilux
Mato Grosso reafirma liderança global na produção agrícola em 2024/2025 | Por: CNA/Wenderson Araujo/Trilux

A importância do armazenamento de grãos vai muito além de simplesmente guardar a produção, é um fator determinante para a qualidade e a segurança dos produtos agrícolas, influenciando diretamente a rentabilidade dos produtores e a estabilidade do mercado. Diante deste cenário, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) participa do VI Simpósio de Pós-colheita de Grãos do Mato Grosso do Sul. Nesta edição, realizada até o próximo dia 30, profissionais do setor debatem o desafio e oportunidade em inovação, segurança e sustentabilidade, a fim de garantir a qualidade na armazenagem de grãos promovendo a sustentabilidade e a segurança alimentar.

“O armazenamento dos grãos de forma adequada e segura é essencial para preservar a qualidade do produto e uma forma de proteger os investimentos feitos pelos produtores ao longo da safra. Além disso, a estocagem permite ao agricultor a possibilidade de planejar a comercialização, sendo possível escolher a melhor época para a venda do alimento de forma a buscar a melhor rentabilidade”, ponderou o superintendente de Armazenagem da Companhia, Stelito dos Reis Neto, durante apresentação realizada na Simpósio nesta quarta-feira (28).

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Dentre os desafios a serem enfrentados pelo país, está a elevação da capacidade estática. Atualmente, a diferença entre o que será colhido e o que pode efetivamente ser estocado simultaneamente supera 112 milhões de toneladas, uma vez que a estimativa da safra de grãos 2024/25 está estimada em 332,9 milhões de toneladas pela Conab e a capacidade estática brasileira é de 210,1 milhões de toneladas. “No entanto, essa diferença não reflete um déficit de armazenagem real. Existe a necessidade em se aumentar a capacidade estática no Brasil, mas precisamos respeitar as singularidades de que no Brasil se planta e colhe mais de uma safra ao longo do ano, levando em consideração todo o processo de escoamento dos grãos”, reforçou o superintendente da Conab.

De acordo com dados do Sistema de Cadastro Nacional de Unidades Armazenadoras (Sicarm), O Mato Grosso do Sul tem a 6ª maior capacidades estatística do Brasil, com uma capacidade de armazenamento de aproximadamente 14 milhões de toneladas, sendo que mais de 40% dessa capacidade representado por prestadores deste serviço. “Esse cenário é uma vantagem para o produtor independente. Agora é importante pensar na estrutura de armazenagem como uma ferramenta de manejo da produção, tanto no caso de excesso de oferta como na retração de demanda”, destacou Stelito dos Reis Neto.

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“Precisamos lembrar que a estocagem está inserida dentro da cadeia de logística. E nesse sentido é fundamental também avançarmos em formas mais eficientes no que diz respeito ao transporte de grãos. Mas também, é preciso considerar que caso ocorra uma desaceleração no escoamento da produção, ou ainda que as vendas ao mercado externo continue crescendo, impulsionando ainda mais a produção, o controle do escoamento estará nas estruturas de armazenagem”, ponderou.

O VI Simpósio de Pós-colheita de Grãos é promovido pela Associação Brasileira de Pós-colheita (Abrapos) e realizado pela LAR Cooperativa Agroindustrial. O evento ainda tem a co-promoção da Conab, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e das cooperativas Copagril, Copasul, C.Vale, Coamo, Cooperalfa e Cocamar.

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Formado em Jornalismo, possui sólida experiência em produção textual. Atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT, onde é responsável por criar conteúdos sobre política, economia e esporte regional. Além disso, foca em temas relacionados ao setor agro, contribuindo com análises e reportagens que abordam a importância e os desafios desse segmento essencial para Mato Grosso. Cargo: Jornalista, DRT: 0001781-MT