Queda na produção agropecuária de Mato Grosso: o que esperar para 2024?

Fonte: CenarioMT

Colheita de soja. Governo retoma Programa de Estoque Público de Alimentos. Foto: Wenderson Araujo/Trilux

O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou recentemente um relatório que aponta para uma queda significativa na produção agropecuária de Mato Grosso em 2024.

A projeção indica uma redução de 26,62% no Valor Bruto da Produção (VBP) em comparação com 2023, o que equivale a uma perda de R$ 53,91 bilhões.

Soja e milho: principais responsáveis pela queda

As principais responsáveis por essa queda são as culturas de soja e milho, que sofrerão retração de 34,11% e 39,31%, respectivamente, em seus valores de produção. Essa queda é resultado da combinação de fatores como a redução da área plantada, as condições climáticas adversas e a queda nos preços internacionais das commodities.

Impacto no orçamento do Estado

A queda na produção agropecuária terá um impacto significativo no orçamento do Estado de Mato Grosso, que depende em grande medida da arrecadação de impostos do setor. O governo Mauro Mendes (União) já anunciou um contingenciamento de recursos de até 30% para evitar um desiquilíbrio fiscal.

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Outras culturas e a pecuária

Embora a soja e o milho sejam os principais produtos afetados, outras culturas também sofrerão quedas em suas produções em 2024. O algodão, por exemplo, terá uma retração de 9,67%. Já o arroz, o feijão e a cana-de-açúcar apresentarão crescimento de 28,86%, 11,97% e 11,9%, respectivamente.

Na pecuária, a bovinocultura de corte terá uma queda de 2,89% no VBP, enquanto a suinocultura terá uma queda de 0,13%. O setor avícola, por outro lado, deverá apresentar um crescimento de 1,02%.

Perspectivas para o futuro

O cenário para o agronegócio em Mato Grosso em 2024 é desafiador. A queda na produção e nos preços das commodities pressionará o setor e exigirá medidas de adaptação por parte dos produtores. O governo do Estado também precisará buscar alternativas para reduzir o impacto da crise no orçamento.