Presidente do Sindicato Rural de Lucas acredita que perdas na safra de soja 2023/24 serão significativas

Condições climáticas prejudicaram o plantio e desenvolvimento da plantação de soja

Fonte: CenárioMT

lavoura de soja
Foto: Sadi Beledelli

Os produtores rurais ainda não conseguiram mensurar a quebra da safra de soja 2023/24, mas deverão ser consideráveis. A observação é do presidente do Sindicato Rural de Lucas do Rio Verde, Marcelo Lupatini.

As condições climáticas são o principal problema enfrentada no período. Lupatini disse que a persistente escassez de chuvas impactou as lavouras, e a quebra da safra de soja é uma realidade enfrentada no campo.

“Embora os números exatos dos prejuízos ainda não estejam disponíveis, reconhecemos que serão significativos. Preocupa-nos não apenas pelos danos à safra atual, mas também pela incerteza quanto ao comportamento do clima para a segunda safra”, disse.

Por outro lado, o presidente do Sindicato Rural cita que o setor produtivo já encarou situações adversas em outras ocasiões e conseguiu avançar.

“É inspirador observar a força e a persistência dos agricultores. A resiliência demonstrada por todos é admirável. Conforme sabiamente mencionado, o sucesso não se mede por fama ou dinheiro, mas pela capacidade de se reerguer após cada queda”, assinalou Lupatini.

Chuvas abaixo do esperado

Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), as duas últimas semanas foram importantes para o desenvolvimento da safra. Era esperado um bom volume de chuva, mas ela não veio. Em janeiro deverá ser feito um acompanhamento in loco para avaliar as condições das lavouras.

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Em suas projeções de dezembro, o instituto cortou em 3,07% em relação ao mês anterior a produtividade prevista para a soja de Mato Grosso, em 57,87 sacas por hectare. A estimativa de produção também foi revista para baixo, passando de 43,7 milhões de toneladas para 42,1 milhões.

Técnicos do instituto foram informados que a chuva tem caído desuniforme. Há relatos de produtores de que chove apenas em alguns talhões em uma mesma propriedade.

Diante das condições adversas para a semeadura, 5,8% da área prevista, de 12,2 milhões de hectares precisou ser replantada.

Por conta dos percalços para a semeadura, o Ministério da Agricultura alterou o calendário do plantio de soja de Mato Grosso e estendeu até 31 de janeiro de 2024 a data final para que os agricultores possam fazer a semeadura da oleaginosa.

É formado em Jornalismo. Possui experiência em produção textual e, atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT produzindo conteúdo sobre política, economia e esporte regional.