Os preços do milho seguem firmes no mercado brasileiro, conforme aponta levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. Vendedores têm adotado uma postura cautelosa, restringindo a oferta para consumidores domésticos e disponibilizando lotes a valores mais elevados. Essa estratégia sustenta as cotações, mesmo diante de uma ampla disponibilidade do cereal no país.
Com isso, compradores que necessitam recompor estoques encontram dificuldades para fechar negócios em patamares mais baixos. A consequência é a manutenção de preços mais elevados no mercado físico. Na média parcial de setembro, até o dia 18, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) registrava R$ 64,92 por saca de 60 kg, o maior nível dos últimos três meses.
No mercado externo, as exportações brasileiras de milho começaram a ganhar mais ritmo. Após meses de desempenho abaixo do esperado, os embarques aceleraram em setembro. Nos dez primeiros dias úteis do mês, o Brasil exportou 3,05 milhões de toneladas, volume que corresponde a praticamente metade de todo o escoado no mesmo período do ano passado.
Os números indicam que o milho brasileiro vem recuperando espaço no comércio internacional ao mesmo tempo em que mantém suporte para as cotações domésticas, cenário que reforça a relevância do cereal na balança comercial e no abastecimento interno.
