Os cafeicultores brasileiros atravessam um período de maior equilíbrio econômico entre custos e receitas. Com a saca de 60 quilos do café arábica sendo negociada em torno de R$ 2.200 e a do robusta acima de R$ 1.350, o poder de compra dos produtores frente aos principais fertilizantes apresenta melhora significativa neste ano, segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.
Em outubro, produtores do estado de São Paulo precisam de 1,16 saca de arábica tipo 6 para adquirir uma tonelada do adubo formulado 20-00-20. O número é bem mais favorável que o registrado no mesmo mês de 2024 (1,44 saca) e muito abaixo da média histórica de 2,6 sacas, considerando dados desde 2011.
De acordo com os pesquisadores, essa melhora no poder de compra está relacionada à valorização dos preços do café e à estabilidade recente nos custos dos fertilizantes, o que contribui para um cenário de maior confiança entre os produtores.
Além disso, o retorno das chuvas nas principais regiões produtoras tende a estimular a retomada das adubações nas lavouras, etapa essencial para garantir o bom desenvolvimento da safra 2025/26. A expectativa é de que as condições climáticas favoráveis e a maior capacidade de investimento contribuam para uma colheita de boa produtividade e qualidade no próximo ciclo.