Com o início da safra 23/24 de milho em Mato Grosso, a presença do percevejo barriga verde (Dichelops furcatus) nas lavouras exige atenção redobrada dos produtores.
A praga, que já causou perdas significativas em safras passadas, pode ser combatida com medidas eficazes, desde que o monitoramento constante seja realizado.
Início do monitoramento
A pesquisadora Jéssica Gorri, da Fundação Rio Verde, alerta que o monitoramento deve ser iniciado logo após a emergência do milho.
Essa fase é crucial, pois os percevejos podem causar danos irreversíveis às plantas jovens, como o “coração morto” e até mesmo a morte da planta.
Prevenção e controle
O tratamento de sementes com inseticidas é uma medida preventiva importante.
O monitoramento constante permite a identificação precoce da praga, possibilitando a tomada de medidas de controle adequadas.
O acompanhamento de um profissional é essencial para definir a melhor estratégia de controle, que pode incluir inseticidas específicos e outras técnicas.
Características do percevejo
Possui coloração marrom na parte dorsal e verde na ventral, por isso o nome “barriga verde”.
Deposita seus ovos de cor verde nas folhas do milho ou em plantas daninhas.
Alimenta-se na base da planta, podendo danificar o meristema apical e causar diversos sintomas, como murchamento, perfurações e “encharutamento”.
Safra de segunda época
Os danos tendem a ser mais severos na safra de segunda época, pois o inseto se multiplica durante o verão.
Recomendações
Monitore as lavouras constantemente, desde a emergência do milho.
Utilize inseticidas específicos para o controle da praga, sempre com acompanhamento profissional.
Realize o tratamento de sementes com inseticidas como medida preventiva.
Esteja atento aos sintomas da praga e tome medidas imediatas para evitar perdas.
Com o monitoramento constante, a escolha adequada de produtos e o acompanhamento profissional, os produtores podem minimizar os danos causados pelo percevejo barriga verde e garantir uma safra de milho mais produtiva e lucrativa.
