O Brasil chegará à COP 30, em Belém (PA), com o compromisso de apresentar ao mundo as boas práticas da agropecuária nacional e as ações concretas que integram produção e preservação ambiental, afirma o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Segundo ele, o país será um dos protagonistas da conferência, levando resultados consistentes em sustentabilidade, bioinsumos e rastreabilidade dos produtos agrícolas.
“Nós vamos a essa COP mostrar as boas práticas da produção agropecuária. Vamos ouvir as demandas dos compradores, apresentar a rastreabilidade dos nossos produtos e falar de futuro, de como o Brasil continuará crescendo na produção de alimentos, mas sempre preservando o meio ambiente”, afirmou Fávaro.
O ministro ressaltou que nenhum país do mundo possui um código florestal tão restritivo quanto o brasileiro, e que mais de 60% do território nacional permanece preservado. Para ele, esse dado deve ser encarado como um ativo estratégico e não como um obstáculo à expansão sustentável da agropecuária.
“Produzir e preservar têm que caminhar juntos. É possível. Nenhum país pode apontar o dedo para o Brasil como se fôssemos vilões ambientais. Ao contrário, somos exemplo de como crescer com responsabilidade”, destacou.
Entre as ações que serão apresentadas em Belém, Fávaro citou o Caminho Verde Brasil, iniciativa lançada pelo Mapa para estimular o incremento de 40 milhões de hectares de áreas já antropizadas em algum estágio de degradação, promovendo sua recuperação e conversão em zonas produtivas sustentáveis.
“O Brasil investiu mais de R$ 50 bilhões nesses três anos para viabilizar essa conversão, e já recuperou cerca de 5 milhões de hectares. Vamos para a COP com o compromisso da sustentabilidade alimentar, da energia renovável e dos biocombustíveis. Temos bons exemplos para o mundo”, reforçou.
Durante cerimônia de entrega da Medalha de Mérito Apolônio Salles à pesquisadora da Embrapa Soja e vencedora do World Food Prize 2025, Mariangela Hungria, Fávaro também destacou que a COP 30 será uma vitrine para os bioinsumos desenvolvidos pela Embrapa e parceiros do setor produtivo.
“Neste momento em que o Brasil sedia a COP 30, nós estaremos lá não para sermos apenas uma vitrine, mas para apresentar tudo o que fizemos em prol do meio ambiente nesses 50 anos de recordes de produção de alimentos. Os bioinsumos terão papel fundamental na apresentação do Brasil, especialmente na AgriZone e na Casa da Embrapa, onde estaremos mostrando ao mundo como o país respeita o meio ambiente para produzir alimentos”, declarou.
Para o ministro, a COP 30 representará uma oportunidade histórica de consolidar a imagem do Brasil como líder global em agricultura sustentável, com base na ciência, na inovação e no compromisso com o futuro.















