O mercado de derivados da soja apresentou movimentos distintos na última semana, refletindo fatores globais e internos. Na CME Group (Chicago), o farelo de soja registrou valorização de 2,57%, encerrando a média em US$ 295,50 por tonelada. A alta foi impulsionada pela maior demanda internacional pelo produto norte-americano e pela redução nas expectativas de produção de soja nos EUA.
Em contrapartida, o óleo de soja em Chicago teve queda de 1,42%, cotado a US$ 52,17/lb. O recuo foi motivado pelas incertezas em relação ao Renewable Fuel Standard (RFS), programa regulado pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA), que avalia a concessão de isenções para pequenas refinarias na mistura de biocombustíveis. Caso a medida avance, a demanda pelo óleo de soja pode ser reduzida.
No mercado interno, entretanto, o óleo de soja em Mato Grosso apresentou leve alta, fechando a semana com +1,14%, a R$ 6.236,67 por tonelada. O farelo também acompanhou a tendência positiva, subindo 1,48% e alcançando a média de R$ 1.547,74/t, sustentado pelo desempenho em Chicago e pela maior demanda no mercado doméstico.
Analistas avaliam que a combinação entre a pressão regulatória nos EUA e a firme demanda global seguirá ditando os rumos dos derivados da soja nas próximas semanas. No Brasil, a expectativa é de que a demanda interna, sobretudo da cadeia de proteínas animais, continue garantindo suporte aos preços do farelo e óleo.
