Engenheiro agrônomo do Indea orienta produtores sobre vazio sanitário do algodão em MT

Período iniciou no dia 15 de outubro e prossegue até 14 de dezembro próximo

Fonte: CenárioMT

Vazio sanitario do algodao em Mato Grosso
Foto: Divulgação/SecomMT

Iniciou em 15 de outubro e próximo até o dia 14 de dezembro o vazio sanitário do algodão. Esse período é relativo à região 2, onde Lucas do Rio Verde está inserido. Durante o vazio sanitário, os produtores de algodão devem eliminar plantas vivas de suas propriedades a fim de evitar a proliferação do bicudo do algodoeiro, praga que provoca perdas na produção.

Em entrevista à imprensa, o engenheiro agrônomo do Indea de Lucas do Rio Verde, Leandro Oltramari, orientou sobre o prazo e a importância do vazio sanitário em Mato Grosso. O profissional observou que as chuvas que caíram na região de Lucas do Rio Verde às vésperas do início do vazio sanitário ajudam na eliminação das soqueiras do algodão.

“O grande objetivo do vazio sanitário do algodão é reduzir a população da principal praga do algodão, que é o bicudo do algodoeiro (Anthonomus grandis Boheman). Que no próximo plantio, na próxima semeadura, que está autorizada a partir do dia 15 de dezembro, tenhamos uma redução bastante significativa desse inseto”, enfatizou Oltramari.

Desde o início do vazio sanitário, o Indea vem realizando a fiscalização dos talhões das fazendas na região. Conforme o engenheiro agrônomo, não houve nenhuma ocorrência até o momento.

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O trabalho será realizado até a data-limite para o plantio da safra 2023/24 do algodão. Caso seja necessário, haverá sanções aos proprietários de áreas em que forem encontradas plantas de algodão com risco fitossanitário. “Haverá aplicação de multa. O valor da multa, inclusive, não é pequeno. São 30 UPF, são 30 Unidades Padrão Fiscal mais 2 UPF por hectare irregular”, esclarece Leandro, citando que é feito o mapeamento dessa área com fotos e coordenadas geográficas. “E, além do produtor pagar multa, ele tem um prazo de acordo com o tamanho da área para realizar a destruição”.

Ao longo dos anos, os fiscais do Indea têm atuado buscando, primeiro, a conscientização dos produtores para eliminar o bicudo do algodoeiro, pelo risco de prejuízo que a praga causa nas lavouras. Com isso, o nível de incidência vem diminuindo. “Porém, o trabalho tem que ser constante. Existe perspectiva, inclusive, do aumento da área de algodão na safrinha 2024. Essa parceria, esse trabalho, tem que a cada dia ser aperfeiçoado. O custo do algodão é bastante alto e se o produtor não tiver o cuidado, não só no vazio sanitário do algodão, mas em todo o processo da cadeia do cultivo, os custos podem aumentar ainda mais”, observou.

É formado em Jornalismo. Possui experiência em produção textual e, atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT produzindo conteúdo sobre política, economia e esporte regional.