Embrapa participa de Comitê Gestor do programa de recuperação de pastagens

Fonte: CenárioMT com Assessoria

A pesquisadora Patrícia Menezes fala sobre pastagens para um grupo de visitantes na Embrapa Pecuária Sudeste (Foto: Gisele Rosso)

Na última semana, no dia 09 de janeiro, o Ministério da Agricultura e Pecuária publicou os integrantes do Comitê Gestor Interministerial do Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD).O grupo terá 90 dias, a partir da primeira reunião, para publicar a resolução com as diretrizes do Programa para recuperação de pastagens.

A pesquisadora Patrícia Menezes Santos, da Embrapa Pecuária Sudeste, de São Carlos (SP), vai participar da Comissão como titular da Embrapa. O suplente da Empresa será o pesquisador Judson Ferreira Valentim, da Embrapa Acre.

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Além dos dois pesquisadores da Embrapa, foram nomea os dois membros de seis ministérios, do Banco Central, da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ainda, foram indicados quatro representantes do setor agropecuário, da agricultura familiar e da sociedade civil.

Para Alexandre Berndt, chefe-geral da Embrapa Pecuária Sudeste, a indicação da pesquisadora reconhece sua competência técnico-científica. “É um programa importante para o país e que precisa de pessoas de amplo conhecimento. Patrícia reúne todas as condições para fazer parte desse grupo. É a pessoa certa para executar um ótimo trabalho”, falou Berndt.

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De acordo com Patrícia Santos, que também coordena o Portfólio de Pastagens da Embrapa, as pastagens em degradação podem ser recuperadas, convertidas em culturas agrícolas ou utilizadas para regeneração da vegetação nativa.

A intervenção sobre essas áreas, com a adoção de práticas sustentáveis, proporciona aumento de produtividade, melhor conservação do solo e da água, aumento de fertilidade do solo, sequestro de carbono, além de outros benefícios. Além disso, pode contribuir para promover desenvolvimento sustentável, geração de renda, redução de pobreza e de desigualdades.

Segundo ela, participar do Comitê será um desafio interessante. Será uma grande oportunidade, já que a expectativa do Governo é dobrar a área de produção de alimentos no Brasil sem desmatamento, evitando a expansão sobre áreas de vegetação nativa.

Pastagens no Brasil

No país, as pastagens constituem o principal uso da terra, ocupando em 2022 cerca de 163,9 milhões de hectares, segundo informações do MapBiomas. Um levantamento apresentado pelo projeto identificou que, nesse ano, a área de pastagem com algum grau de degradação era de 101,2 milhões de hectares.

A capacidade produtiva da pastagem pode ser comprometida pela incidência de pragas e doenças, por condições climáticas extremas, pelo superpastejo e por outros fatores, que favorecem a perda de vigor das forrageiras e, como consequência o aparecimento de áreas de solo descoberto (sem vegetação) ou a proliferação de plantas daninhas.

Já existem tecnologias disponíveis para o pecuarista melhorar a produtividade do pasto. A Embrapa desenvolve soluções em todos os biomas brasileiros e contribui para aprimorar os métodos de diagnóstico de degradação e com recomendações de boas práticas para recuperação e manejo sustentável. Além disso, trabalha para oferecer alternativas de capins mais produtivos e adequados a diferentes condições e promove capacitações para técnicos e produtores rurais.

“Um dos desafios é fazer com que essas tecnologias cheguem aos produtores”, fala Patrícia Santos. Ela acredita que é essencial o fortalecimento do Sistema de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) e o desenvolvimento de novos mecanismos de transferência de tecnologias para o campo, inclusive envolvendo ferramentas digitais, para o alcance de resultados.

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Formado em Jornalismo, possui sólida experiência em produção textual. Atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT, onde é responsável por criar conteúdos sobre política, economia e esporte regional. Além disso, foca em temas relacionados ao setor agro, contribuindo com análises e reportagens que abordam a importância e os desafios desse segmento essencial para Mato Grosso. Cargo: Jornalista, DRT: 0001781-MT