Os preços do milho continuam em trajetória de queda no mercado doméstico, conforme apontam levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). A principal explicação, segundo os pesquisadores, é o aumento da oferta do cereal, cenário que tende a se intensificar com o avanço da colheita da segunda safra.
A expectativa de elevada disponibilidade nas próximas semanas tem levado os vendedores a adotarem maior flexibilidade nas negociações, enquanto os consumidores, por sua vez, mostram-se mais cautelosos, adquirindo apenas os volumes necessários para o curto prazo. Esse comportamento resulta em menor liquidez e maior pressão sobre os preços.
No início da semana passada, previsões de geadas em algumas regiões produtoras chegaram a elevar a cautela entre os agricultores, o que trouxe leve sustentação momentânea às cotações. No entanto, a perspectiva de abundante oferta nacional voltou a predominar, neutralizando os efeitos de possíveis perdas climáticas pontuais.
Com esse panorama, os preços seguem enfraquecidos, refletindo o cenário típico de colheita e reforçando a tendência de um mercado mais pressionado no curto prazo. A continuidade desse movimento dependerá da efetivação da produção estimada e do comportamento da demanda interna e externa nos próximos meses.