Após um período de apreensão pela irregularidade das chuvas nas primeiras semanas de outubro, o cenário no campo começa a mudar em Lucas do Rio Verde e região. Segundo o diretor executivo da Fundação Rio Verde, Rodrigo Pasqualli, a precipitação registrada na noite do último domingo (13) foi o impulso que os produtores esperavam para avançar com a semeadura da soja da safra 2025/26.
“Estamos nos aproximando da metade de outubro, que é a melhor janela para o plantio da soja, e as últimas semanas foram marcadas pela falta de umidade no solo em diversas regiões. Essa chuva, ainda que não volumosa, foi generalizada e trouxe o ânimo que o agricultor precisava para seguir com os trabalhos”, destacou Pasqualli.
Com a umidade restabelecida, a expectativa é de aceleração nas atividades de plantio em toda a região norte de Mato Grosso. Em algumas propriedades, os produtores já estão finalizando a semeadura, enquanto outros retomam o ritmo após dias de paralisação forçada pela seca.
No entanto, o avanço do calendário agrícola acende um alerta para as culturas de segunda safra, especialmente o algodão, que depende da colheita da soja dentro de prazos curtos para garantir o plantio em sua janela ideal. “Já começamos a acender uma luz amarela para o algodão, pois o tempo começa a ficar apertado. Para o milho, ainda há uma condição mais confortável”, observou o diretor da Fundação Rio Verde.
Apesar das incertezas quanto ao mercado e aos preços da oleaginosa, o produtor mantém o otimismo e a confiança na nova temporada. “A esperança do agricultor é sempre de uma safra interessante, produtiva e lucrativa. Mesmo com custos altos e preços ainda pouco animadores, o campo segue movido por essa perseverança que impulsiona a agricultura da nossa região”, completou Pasqualli.
Com o retorno das chuvas, o cenário se torna mais favorável para o avanço da safra de soja, principal cultura de Mato Grosso, reafirmando a força e a resiliência do produtor luverdense diante dos desafios do clima e do mercado.