A intensificação da colheita do milho em Mato Grosso já começa a impactar diretamente a logística de escoamento, com reflexos nos custos de transporte. Na última semana, os fretes rodoviários de grãos registraram aumentos na maioria das rotas do estado, segundo levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
O principal fator por trás dessa valorização foi a oferta restrita de caminhões, diante da crescente demanda por transporte, especialmente nas regiões onde a colheita avança mais rapidamente.
Entre as rotas que mais se destacaram, está o trajeto entre Campo Novo do Parecis (MT) e Rondonópolis (MT), onde o frete médio alcançou R$ 180,55 por tonelada, representando um acréscimo de 4,42%. Já a rota entre Querência (MT) e Colinas do Tocantins (TO) teve aumento de 1,64%, com valor médio de R$ 293,11 por tonelada.
A expectativa é que, com o aumento progressivo da colheita, especialmente nas regiões do Médio-Norte e Leste do estado, a pressão sobre a malha logística continue nas próximas semanas, o que pode manter os fretes em alta. Além disso, o baixo ritmo de escoamento da soja estocada, em virtude da lentidão nas vendas, também contribui para aumentar a disputa por espaço nos armazéns e nos caminhões, pressionando ainda mais o setor logístico.
Diante desse cenário, produtores e transportadoras devem redobrar o planejamento para evitar gargalos logísticos e garantir maior eficiência na movimentação da safra.
