Sistema de videoconferências gera economia ao Judiciário mato-grossense

Fonte: TJMT/Álvaro Marinho

FOTO: TJMT

A modernização na maneira de realizar reuniões, treinamentos, formação e até audiências judiciais e julgamentos por meio de videoconferência tem garantido um upgrade na rotina de várias unidades do Poder Judiciário Estadual. A ferramenta, implantada em janeiro deste ano pela Coordenadoria de Tecnologia da Informação (CTI), do Tribunal de Justiça, tem dado resultados surpreendentes, como a economia de recursos públicos.

Nesse período, de sete meses, a partir de ambientes administrativos na sede da Justiça, em Cuiabá, foram efetuadas 301 horas de videoconferência com a participação direta de 1.500 servidores e magistrados de todas as 79 Comarcas. As atividades desenvolvidas nesses encontros online surtiram efeitos compensadores e fazem parte das estratégias da atual gestão. A palavra de ordem indicada a todos os setores do Judiciário pela Alta Administração, que tem no comando o desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha, é justamente procurar economizar em todas as ações desenvolvidas pela Justiça, e, nesse sentido, as videoconferências têm causado impacto positivo na redução de gastos.

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Uma experiência dessa economicidade foi com os treinamentos para a operacionalização do próprio sistema de videoconferência, o Lifesize, e para o Sistema Eletrônico de Execução Unificado (Seeu) nas varas criminais de Mato Grosso. Nesse tempo, a Corregedoria-Geral da Justiça do TJMT, com o apoio da força tarefa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), qualificou virtualmente servidores e juízes das Comarcas para operar a plataforma digital. Com as capacitações dos dois sistemas para 564 pessoas foi possível economizar R$ 203.632,00, custo aproximado para deslocar essas pessoas de várias cidades do Estado, com 1,5 diária, no valor de R$ 240,70, até o Tribunal de Justiça.

As videoconferências também têm sido utilizadas com mais frequência em audiências de custódia; depoimentos sem dano, procedimento de oitiva de crianças e adolescentes, vítimas ou testemunhas de violência; treinamentos de ferramentas e sistemas tecnológicos, além de reuniões. O sistema tem capacidade de atender diretamente de forma simultânea até 50 pessoas por sala.

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No mês de maio, a juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, da 1ª Vara Criminal, da Comarca de Cuiabá, conduziu do tribunal do júri, com a presença do corpo de jurado e o Ministério Público, o julgamento de um réu na Comarca de Feira de Santana, município distante 118 Km de Salvador. A videoconferência permitiu que o réu participasse de todas as fases do julgamento. “A abrangência é mais um ponto que destacamos, porque, com o sistema, foi possível concluir esse processo”, acentua Elzio.

De acordo com a juíza Catarina Perri, julgamentos por via eletrônica de réus presos é um caminho sem volta no judiciário mato-grossense. “Além de uma medida de segurança pública, essa forma possibilita economia processual e também financeira à Justiça e ao próprio Estado”, assinala a magistrada.

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Reporter e editor do CenárioMT, possui experiência em produção textual e, atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT produzindo conteúdo sobre a região norte de Mato Grosso. Cargo: Repórter, DRT: 0001686-MT