A descoberta do corpo do policial penal Fábio Antônio Mongelo mobilizou as forças de segurança na noite de quinta-feira (20), após ele ser localizado sem vida em uma rua do bairro Jardim Gramado, em Sinop. A vítima estava caída perto de um terreno baldio, a poucos metros da residência onde morava.
O achado de uma pistola ao lado do corpo imediatamente chamou a atenção das equipes que atenderam a ocorrência. O objeto foi recolhido e, conforme indicaram os investigadores, deve auxiliar na definição das circunstâncias que levaram à morte do servidor penitenciário.
Segundo informações repassadas pela Polícia Civil, Fábio atuava na Cadeia Pública de Colíder e havia sido transferido para Sinop cerca de 60 dias antes do episódio. O servidor era conhecido na unidade prisional e se adaptava à nova rotina no município do norte de Mato Grosso.
Assim que as equipes chegaram ao local, a área foi isolada para preservar todos os vestígios que pudessem contribuir para o esclarecimento do caso. A movimentação rapidamente atraiu moradores, que permaneceram à distância enquanto os peritos da Politec iniciavam os trabalhos técnicos. Esses primeiros minutos são considerados essenciais para evitar perda de evidências, sobretudo em situações que envolvem arma de fogo próxima à vítima — um elemento que, de acordo com os investigadores, pode ser determinante no andamento da apuração.
Os peritos realizaram medições, registros fotográficos e coleta de materiais que serão analisados em laboratório. Em seguida, o corpo foi levado ao IML para exames complementares, procedimento padrão que costuma indicar possíveis causas da morte e eventuais sinais que ajudem a reconstituir os últimos momentos de Fábio. Perguntas como quem foi a última pessoa a vê-lo, se havia movimentação estranha na rua ou se ele apresentou comportamento atípico recentemente deverão ser aprofundadas pelos investigadores.
Outro ponto considerado crucial é a proximidade do local com a casa onde o policial vivia. A curta distância sugere que ele estava chegando ou saindo de casa quando algo ocorreu. Esse detalhe, segundo agentes que participaram da ocorrência, pode direcionar a análise para trajetos habituais, horários de rotina e possíveis interações antes do fato.
Linha de investigação segue aberta
A Polícia Civil manteve a linha de investigação em aberto enquanto aguarda os resultados da perícia e do exame necroscópico. Por enquanto, nenhuma hipótese foi confirmada, e o trabalho se concentra em entender o contexto em que a arma foi encontrada, a posição do corpo e demais elementos colhidos no local. O objetivo é esclarecer com precisão o que causou a morte do policial penal e se há participação de terceiros.
Conforme reforçou a corporação, o caso seguirá sob apuração até que todos os laudos fiquem prontos e novas informações sejam produzidas. A fonte das informações é a Polícia Civil e a Politec, responsáveis pelo atendimento e procedimentos no local.


















