O governador Mauro Mendes afirmou nesta segunda-feira que a alta recente no preço do etanol em Mato Grosso é resultado direto do comportamento do mercado, sem qualquer influência de alterações tributárias estaduais. A declaração foi dada após consumidores relatarem aumentos perceptíveis nos postos de Cuiabá e Várzea Grande.
Segundo Mendes, o Estado não dispõe de mecanismos legais que permitam interferir na definição dos valores dos combustíveis. Ele reforçou que não houve mudança em alíquotas ou qualquer nova medida fiscal que justificasse o reajuste observado nas últimas semanas.
De acordo com o governador, o preço do etanol segue a lógica natural das commodities e responde às condições econômicas do setor. Mendes comparou a variação do combustível ao comportamento de outras produções do agronegócio. Citou como exemplo a oscilação da soja, que já alcançou R$ 170 e atualmente gira em torno de R$ 100 ou R$ 110 a saca. Também mencionou o milho, que já foi vendido a R$ 70 e hoje é negociado por aproximadamente R$ 50.
Para Mendes, essas oscilações ilustram de forma clara que o preço do etanol não é determinado por decisões administrativas do governo estadual, mas sim pela dinâmica do mercado nacional. “Vivemos em um país onde há liberdade para as pessoas fixarem seus preços, e não existe prerrogativa que permita ao Estado intervir nisso”, afirmou.
O aumento do combustível vem sendo percebido por motoristas de diferentes regiões da capital e da cidade vizinha, que encontraram valores mais altos nas bombas na última quinzena. Conforme informações apresentadas pelo governador, a valorização acompanha o movimento do etanol hidratado no cenário nacional, onde produtores e distribuidoras ajustam preços conforme demanda, safra e custos operacionais.
Declarações e impacto para o consumidor
Mendes reiterou que não houve qualquer alteração tributária aplicada pelo Estado, reforçando que especulações sobre aumento de impostos não correspondem à realidade. A fala busca esclarecer dúvidas que circulavam entre consumidores, muitos sem saber se a alta nos postos estava ligada a mudanças fiscais recentes.
Para quem depende diariamente do combustível, o impacto imediato é sentido diretamente no orçamento. No entanto, como destacou o governador, o comportamento dos preços pode sofrer novas correções à medida que o mercado se estabilize. A tendência, segundo a própria explicação de Mendes, é que o etanol siga os ajustes naturais de oferta e demanda, assim como ocorre com outros produtos agrícolas.
O que pode acontecer daqui para frente
A expectativa agora é que o mercado determine se o movimento de alta será mantido ou se haverá retração nas próximas semanas. Motoristas acompanham de perto essa variação, enquanto o governo afirma que continuará monitorando o cenário, apesar de não possuir instrumentos para interferir diretamente no preço final repassado ao consumidor.
As declarações foram feitas por Mendes durante agenda oficial, conforme informações divulgadas pelo próprio governo estadual.


















