Pista ficou fechada durante a manhã desta quinta-feira após aeronave derramar combustível
Equipes de segurança realizaram limpeza emergencial; atrasos afetaram a malha aérea e deixaram passageiros retidos a bordo
Na manhã desta quinta-feira, 20 de novembro, o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, suspendeu temporariamente suas operações após um avião derramar combustível na pista principal. A ocorrência, registrada pouco antes das 7h40, obrigou a administração do terminal a interromper pousos e decolagens até que a área fosse considerada segura para uso.
Segundo a Aena, concessionária responsável pelo aeroporto, a pista foi fechada às 7h39 e só voltou a operar às 8h16, após a conclusão dos procedimentos de contenção, secagem e inspeção. O número exato de voos afetados não foi informado, mas companhias aéreas relataram atrasos acumulados ao longo da manhã.
Como ocorreu o vazamento
A Aena confirmou que o incidente teve origem em uma aeronave que, durante manobra em solo, derramou combustível na pista de decolagem. O material espalhou-se em um trecho significativo da área operacional, exigindo limpeza imediata para evitar riscos de derrapagem e incêndio.
Equipes especializadas foram acionadas rapidamente para isolar a área, aplicar neutralizantes químicos e remover o líquido inflamável. Mesmo após a conclusão da limpeza, foi necessário aguardar a completa secagem do pavimento, seguindo rigorosos protocolos de segurança aeroportuária.
A operação emergencial obrigou diversas aeronaves a permanecerem estacionadas no pátio ou alinhadas nos taxiways. Passageiros relataram, nas redes sociais, longas esperas dentro dos aviões e cancelamentos em conexões previstas para outras capitais brasileiras.
Impacto na malha aérea e na rotina dos passageiros
A suspensão temporária gerou atrasos em cascata. Congonhas é um dos aeroportos mais movimentados do país e integra rotas estratégicas para grandes centros econômicos — uma malha que inclui cidades influentes na dinâmica nacional, como Belo Horizonte, Brasília e regiões que acompanham intensamente o cenário econômico, a exemplo de Cuiabá.
Os atrasos também afetaram voos para hubs internacionais, que utilizam o aeroporto paulista como ponto de conexão interna. Passageiros relataram reacomodações, reemissões e necessidade de embarque por outros aeroportos da capital.
Nota oficial da Aena
Em comunicado enviado à imprensa e reproduzido pelo g1, a concessionária informou:
“As operações no Aeroporto de Congonhas estão liberadas após terem ficado temporariamente suspensas entre 7h39 e 8h16 por causa de um vazamento de combustível na pista de decolagem. As equipes atuaram imediatamente para a limpeza e liberação total das operações.”
O órgão reforçou que não houve risco aos passageiros e que o protocolo padrão foi seguido rigorosamente, garantindo a retomada plena das atividades sem danos materiais ou incidentes adicionais.
Congonhas e o histórico de protocolos rígidos
Por operar em uma área urbanizada, Congonhas segue protocolos de segurança ainda mais restritos do que a média nacional. Incidentes envolvendo derramamento de combustível, falhas mecânicas ou condições climáticas adversas desencadeiam interrupções preventivas.
Nos últimos anos, o terminal passou por atualizações operacionais e de infraestrutura, parte de um esforço para modernização do transporte aéreo brasileiro. A concessão à Aena, por exemplo, trouxe investimentos em pistas, pátios, iluminação e sistemas de segurança — melhorias fundamentais para evitar acidentes em aeroportos de grande porte.
Expectativa de normalização ao longo do dia
Ainda pela manhã, a Aena informou que o fluxo de pousos e decolagens já estava sendo retomado. No entanto, especialistas apontam que atrasos ocasionados por paralisações em horários de pico podem se estender por várias horas, até que a malha aérea volte a se ajustar completamente.
Companhias aéreas recomendam que passageiros verifiquem o status de seus voos com antecedência e mantenham atenção às atualizações nos aplicativos e canais oficiais.
Além disso, com o feriado da Consciência Negra, a demanda por voos está acima do usual, o que tende a ampliar os impactos decorrentes da paralisação temporária.
O vazamento de combustível que suspendeu operações no Aeroporto de Congonhas reforça a importância dos protocolos de segurança adotados na aviação civil. Apesar dos transtornos, a intervenção rápida permitiu que a pista fosse liberada em pouco mais de 30 minutos, evitando atrasos ainda maiores.
A expectativa é de que o tráfego aéreo seja normalizado ao longo do dia, mas passageiros devem permanecer atentos às atualizações das companhias e do aeroporto.
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