A manhã desta quarta-feira foi marcada pelo cumprimento de ordens judiciais em Cáceres e outras cidades, resultado direto da Operação Tríade, que mira a atuação de uma facção criminosa com ramificações em diferentes regiões de Mato Grosso. A ofensiva mobilizou várias forças de segurança para executar mandados de prisão e de busca.
De acordo com informações repassadas pela Polícia Civil, a ação faz parte de uma força-tarefa permanente que envolve também o Gaeco, o Ministério Público, a Polícia Militar, a Polícia Penal e o Sistema Socioeducativo. As medidas foram autorizadas pela 4ª Vara Criminal da Comarca de Cáceres, que deferiu 28 ordens judiciais.
As investigações tiveram início após a Delegacia de Polícia Civil de Cáceres compartilhar elementos com o Gaeco, seguindo autorização judicial. A partir desse intercâmbio, surgiram provas consideradas robustas sobre o funcionamento de um núcleo de facção em atuação no estado.
Durante as apurações, foram identificados mais de 20 investigados com ligação direta à organização criminosa. Conforme os órgãos envolvidos, o grupo estaria associado à prática de crimes como tráfico de drogas e homicídios motivados por disputa territorial entre facções rivais.
Os mandados foram cumpridos em quatro cidades de Mato Grosso — Cáceres, Barra do Bugres, Várzea Grande e Sorriso — além de Chapadão do Sul, em Mato Grosso do Sul. Ao todo, são 20 mandados de busca e apreensão e oito ordens de prisão expedidas.
A operação contou também com o apoio da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes de Fronteira (Defron) e do 6º Comando Regional da Polícia Militar, fortalecendo a atuação conjunta entre instituições estaduais e grupos especiais de combate ao crime organizado.
Para a delegada Bruna Laet, a ofensiva representa uma resposta necessária diante dos episódios de violência registrados em Cáceres. Segundo ela, a integração entre os órgãos permitiu avançar de forma consistente sobre o núcleo investigado.
O nome escolhido para a operação, “Tríade”, faz referência direta à sigla composta por três letras utilizada pela facção que teria entre seus integrantes os investigados monitorados nas apurações.
Próximos passos e continuidade da investigação
Com o cumprimento das ordens judiciais, as equipes passam agora à análise dos materiais recolhidos, que poderão reforçar linhas investigativas já abertas ou revelar novos desdobramentos sobre a atuação da organização criminosa. O Gaeco e a Polícia Civil afirmam que os trabalhos seguem em caráter contínuo, dentro do foco da força-tarefa permanente.
As informações divulgadas foram fornecidas pelos órgãos responsáveis pela operação.


















