A economia brasileira apresentou alta de 0,1% no terceiro trimestre de 2025 em relação ao período anterior, enquanto o acumulado em 12 meses chegou a 2,5%. No comparativo entre agosto e setembro, o desempenho permaneceu estável.
O resultado faz parte do Monitor do PIB, elaborado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV, que acompanha o comportamento do Produto Interno Bruto ao analisar a produção de bens e serviços do país.
A pesquisa utiliza dados dessazonalizados para permitir uma avaliação mais precisa entre diferentes períodos.
Em valores correntes, o PIB acumulado até o terceiro trimestre foi estimado em R$ 9,370 trilhões.
Fatores que influenciaram
Segundo Juliana Trece, economista responsável pelo estudo, serviços e consumo das famílias — que respondem pela maior parte do PIB — tiveram desempenho praticamente estável, enquanto os demais componentes tiveram impacto limitado no avanço da atividade.
Na comparação anual, a FGV identificou forte desaceleração no consumo das famílias ao longo de 2025. Após anos de crescimento acima de 3%, o indicador avançou apenas 0,2% no terceiro trimestre frente ao mesmo período de 2024.
O estudo aponta que bens duráveis e não duráveis registraram queda, enquanto o consumo de serviços, apesar de ainda positivo, perdeu ritmo de forma significativa.
A Formação Bruta de Capital Fixo caiu 0,4% na comparação entre os terceiros trimestres de 2024 e 2025, influenciada pelo desempenho fraco do segmento de máquinas e equipamentos. Foi a primeira retração desde o início de 2023.
As exportações, por outro lado, avançaram 7% no mesmo recorte, impulsionadas pelo aumento generalizado dos produtos enviados ao exterior. A indústria extrativa teve papel de destaque, respondendo por cerca de 44% da expansão total.
Indicadores complementares
O Monitor do PIB é um dos termômetros da economia brasileira e se soma ao índice de atividade econômica do Banco Central, o IBC-BR, que apontou recuos de 0,2% entre agosto e setembro e de 0,9% no terceiro trimestre ante o trimestre anterior, embora tenha registrado alta de 3% no acumulado de 12 meses.
O resultado oficial do PIB, calculado pelo IBGE, será divulgado em 4 de dezembro e trará o desempenho consolidado do terceiro trimestre.


















