Uma mulher foi presa preventivamente nesta segunda-feira (17.11) sob acusação de assassinar o próprio companheiro com um golpe de faca no peito. A Operação Álibi de Sangue, realizada pela Polícia Civil em Alta Floresta (MT), desvendou um crime que ocorreu durante discussão doméstica no último dia 22 de outubro.
O fato aconteceu na residência do casal, localizada no Bairro Boa Nova III, onde Renato da Silva Rosa, de 31 anos, foi atingido por uma única facada na região supraclavicular. A vítima não resistiu ao ferimento.
O laudo pericial revelou detalhes cruciais sobre a letalidade do golpe. A faca teve trajetória oblíqua, transfixou o esterno e atingiu o tronco braquiocefálico, sendo aplicada com força considerável. O resultado foi uma hemorragia interna maciça que levou ao choque hipovolêmico agudo.
Como uma única facada pode ser tão precisa e letal? A perícia sugere que o golpe foi direcionado intencionalmente a uma área vital, com intensidade suficiente para atravessar ossos e atingir estruturas vasculares importantes.
A suspeita compareceu à delegacia apenas dois dias após o crime, acompanhada de advogado, alegando legítima defesa. Porém, a investigação coordenada pelo delegado André Victor de Oliveira Leite encontrou contradições nesta versão.
Não foram identificadas lesões na suspeita, tampouco sinais de luta no ambiente, explicou o delegado. A natureza do golpe, único, profundo e aplicado com força intensa, contradiz a alegação de defesa pessoal.
Relatos colhidos durante as investigações apontavam histórico de conflitos e agressões anteriores praticadas pela mulher contra a vítima. Um familiar chegou a afirmar que a apresentação tardia foi deliberada para evitar prisão em flagrante.
Diante das evidências e do risco de reiteração delitiva, a Justiça decretou a prisão preventiva. A operação também cumpriu ordens de busca e apreensão e afastamento de sigilo de dados.
As investigações continuam para apurar possível interferência no andamento do caso, já que familiares omitiram o paradeiro da suspeita e não entregaram seu aparelho celular, considerado essencial para elucidação completa do crime.


















