O corpo do artista Jards Macalé será velado nesta terça-feira a partir das 10h na Sala Sidney Muller, localizada no Palácio Gustavo Capanema, sede da Funarte, no centro do Rio de Janeiro. O velório será aberto à população, permitindo que fãs e admiradores prestem suas últimas homenagens.
O enterro ocorrerá às 16h, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, zona sul da cidade.
Jards Macalé, de 82 anos, sofreu uma parada cardíaca após passar por uma cirurgia em um hospital particular na Barra da Tijuca. O músico estava internado para tratamento de enfisema pulmonar.
Trajetória
Nascido Jards Anet da Silva, no bairro da Tijuca, em 3 de março de 1943, o artista iniciou sua carreira cultural na década de 1960. Cantor, compositor, músico e ator, cresceu cercado por música, influenciado pelos batuques do samba do morro e pelos cantores Vicente Celestino e Gilda de Abreu.
Macalé participou como ator e compositor das trilhas sonoras dos filmes Amuleto de Ogum e Tenda dos Milagres, ambos dirigidos por Nelson Pereira dos Santos.
Repercussão
Artistas homenagearam o cantor nas redes sociais. Caetano Veloso destacou sua importância: “Sem Macalé não haveria Transa. Estou chorando porque ele morreu hoje. Foi meu primeiro amigo carioca da música”.
Maria Bethânia também publicou: “Macalé era um irmão de Ipanema, meu professor de violão e um grande amigo”.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou sobre a morte de Macalé, ressaltando a relação entre amor e política: “Jards Macalé dizia que o amor é um gesto político. Em tempos de ódio e intrigas, ele lembrava da importância de cantá-lo. Política e amor devem andar juntos”, afirmou, destacando que se reencontraram diversas vezes na luta pela redemocratização.


















