Mulher é investigada por golpes imobiliários em condomínio de Cuiabá

Corretora sem registro é suspeita de causar prejuízos que passam de R$ 500 mil ao negociar imóveis na região da Rodovia Helder Cândia.

Fonte: da Redação

Mulher é investigada por golpes imobiliários em condomínio de Cuiabá

Uma mulher de 55 anos é investigada por aplicar golpes em negociações imobiliárias na região da Rodovia Helder Cândia, em Cuiabá, causando prejuízos imediatos a moradores e proprietários. Segundo a Polícia Civil, ela se apresentava como corretora e firmava contratos que jamais eram cumpridos.

O caso veio à tona após múltiplas denúncias registradas na Delegacia de Estelionato e Outras Fraudes, que já contabiliza ao menos 15 boletins envolvendo a suspeita. Conforme informações exibidas pelo programa SBT Comunidade nesta segunda-feira (17), o valor total dos golpes já ultrapassa R$ 500 mil.

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De acordo com a reportagem, a mulher oferecia aluguel, compra e venda de unidades em um condomínio de alto padrão, apesar de não possuir registro no Creci, o órgão que regulamenta a atuação de corretores em Mato Grosso. Ainda assim, conduzia visitas, apresentava os imóveis e formalizava contratos acompanhados de assinaturas supostamente autenticadas.

A Polícia Civil apurou que a investigada recebia aluguéis antecipados por períodos que chegavam a dois anos, sem repassar qualquer quantia aos proprietários. Em alguns casos, orientava que os depósitos fossem feitos em nome da própria filha, estratégia usada para dificultar o rastreio das transações.

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A suspeita também teria falsificado documentos tanto em contratos quanto em sistemas oficiais do Governo Federal. Esse padrão de atuação, segundo a polícia, fez com que vários acordos parecessem regulares, levando vítimas a acreditarem que estavam diante de uma operação legítima.

Uma das moradoras afirma ter pago mais de R$ 70 mil antecipadamente para garantir o que acreditava ser a futura residência da família. Outro contratante desembolsou três parcelas — R$ 50 mil, R$ 30 mil e R$ 13 mil — totalizando R$ 93 mil, sem que o verdadeiro dono do imóvel tivesse conhecimento das negociações.

Os prejuízos, porém, não se restringem aos locatários. Proprietários também relataram ter sido enganados ao descobrir cobranças atrasadas que, na prática, nunca foram repassadas. As denúncias mais antigas datam de 2019, indicando atuação prolongada.

Investigação e próximos passos

A Delegacia de Estelionato e Outras Fraudes intimou a suspeita para prestar depoimento. O caso segue em investigação, e novas vítimas podem surgir à medida que o material apreendido é analisado pelos investigadores.

Segundo a corporação, quem tiver firmado contratos ou feito pagamentos à mulher deve procurar a unidade policial para registrar ocorrência. A apuração pretende identificar a extensão dos danos e confirmar possíveis crimes como falsidade documental e estelionato, previstos no Código Penal.

A reportagem exibida pelo SBT Comunidade serviu como base para as informações relatadas.

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Criador de conteúdo especializado em jogos, tecnologia e notícias de Mato Grosso, é redator no CenárioMT e atua também como analista de TI. Desenvolve projetos de game design no tempo livre. Contato para pautas sobre Mato Grosso: vitor.etrev@gmail.com