A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) formou uma força-tarefa entre os negociadores para acelerar a definição de medidas no chamado Pacote de Belém.
O plano prevê que o pacote seja aprovado em duas etapas: a primeira até a plenária de quarta-feira (19) e a segunda na sexta-feira (21), data de encerramento da conferência.
O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, enviou carta às partes envolvidas detalhando a metodologia de trabalho, destacando a importância de avançar com rapidez, equidade e cooperação entre os países.
“Trabalhemos lado a lado, em modo de força-tarefa, para implementar o Pacote de Belém: com rapidez, equidade e respeito por todos”, diz trecho da carta.
O Pacote de Belém inclui decisões sobre o Objetivo Global de Adaptação (GGA), transição justa, planos nacionais de adaptação, financiamento climático, mitigação, fundos ambientais e orientações ao Fundo para Resposta a Perdas e Danos, além de relatórios de transparência e implementação tecnológica.
O primeiro conjunto de medidas busca demonstrar que o multilateralismo pode gerar resultados antes do prazo final. Outros quatro temas, como ampliação das metas climáticas e financiamento público, fazem parte do chamado mutirão de Belém.
Para garantir o avanço das negociações, a presidência solicitará à UNFCCC a extensão do horário da conferência, permitindo que cada grupo avance conforme sua necessidade.
Reações
Organizações da sociedade civil reagiram positivamente ao anúncio do mutirão de decisões. Anna Cárcamo, do Greenpeace Brasil, destacou que o pacote traz esperança, embora o conteúdo final ainda esteja em aberto.
Para a WWF, a iniciativa indica ritmo satisfatório nas negociações, mas ressalta a necessidade de liderança política decisiva para atingir o limite de 1,5°C do Acordo de Paris.
“O avanço de dois pacotes de negociação é uma evidência encorajadora de progresso”, comentou Manuel Pulgar-Vidal, líder global de Clima e Energia do WWF.



















