Os preços médios dos feijões carioca e preto registraram novas quedas ao longo da semana passada na maior parte das regiões monitoradas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. Segundo pesquisadores, o mercado tem sido marcado por negociações pontuais, já que compradores evitam firmar grandes volumes diante do aumento da oferta.
O movimento de baixa é influenciado principalmente pela maior disponibilidade de produto oriundo do sudoeste paulista, onde chegam ao mercado lotes mais claros, de escurecimento lento, com granulação acima de 90% na peneira 12 e umidade adequada — características que elevam a competitividade dessa região frente às demais praças.
No caso do feijão preto, o Cepea também registrou incremento na oferta de lotes comerciais, contribuindo para o recuo dos preços. Em São Paulo, agentes permanecem atentos às chuvas durante o período de colheita e aos possíveis impactos do clima úmido sobre a qualidade do grão.
Já em outras regiões produtoras, a estratégia predominante tem sido o armazenamento, com produtores disponibilizando apenas lotes pontuais ao mercado, em um cenário que reforça a pressão vendedora e mantém os valores em queda.














