O governo do Pará, o BNDES e o Ministério do Meio Ambiente anunciaram a liberação de R$ 81,2 milhões do Fundo Amazônia para o projeto Pará Mais Sustentável, iniciativa voltada ao fortalecimento ambiental e socioeconômico no estado. A execução ficará a cargo da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará.
O programa atenderá 27 municípios das regiões do Baixo Amazonas e Xingu, que representam mais da metade do território paraense. A lista inclui cidades como Santarém, Altamira, Marabá, Juruti, Óbidos, Uruará e São Félix do Xingu.
As ações abrangem regularização ambiental e fundiária, apoio à sociobioeconomia e estímulo ao desenvolvimento de baixo carbono, beneficiando agricultores familiares, comunidades quilombolas, cooperativas e associações ligadas às cadeias da sociobiodiversidade. O prazo previsto para a implementação é de cinco anos.
Entre as frentes de trabalho estão a inscrição e retificação de Cadastros Ambientais Rurais, avanços na regularização fundiária, capacitações, assistência técnica e fortalecimento das instituições públicas responsáveis pelas políticas socioambientais.
O projeto também prevê suporte a bionegócios, ações de sensibilização e duas Feiras de Negócios regionais, além da instalação de Unidades Demonstrativas de Referência Tecnológica para difusão de soluções voltadas à bioeconomia.
A expectativa é ampliar o número de CARs aptos à validação, acelerar a regularização de imóveis rurais e territórios quilombolas e fortalecer a atuação de agentes públicos, estimulando novos produtos e aumentando a renda de comunidades tradicionais.
O Fundo Amazônia, criado em 2008, é apontado como o principal mecanismo de cooperação internacional para o clima no país. Após a retomada das doações em 2023, ampliou sua base de doadores e elevou o volume anual de recursos, permitindo a execução de projetos estruturantes na região.
Desde sua criação, o fundo já beneficiou centenas de milhares de pessoas, apoiou mais de uma centena de projetos e alcançou a maior parte dos municípios da Amazônia Legal. As ações incluem combate ao desmatamento, fortalecimento institucional, incentivo à bioeconomia e proteção de povos indígenas e comunidades tradicionais.


















