Quanto é preciso juntar para se aposentar? Entenda como construir uma aposentadoria tranquila

Fonte: da Redação

Quanto uma pessoa precisa juntar para se aposentar? Veja como chegar lá (Foto: Canva)

Planejar quanto guardar para alcançar uma aposentadoria confortável não depende de fórmulas rígidas, mas sim de um planejamento financeiro bem estruturado. Saber o valor ideal, por quanto tempo o patrimônio deverá sustentar seus gastos e qual padrão de vida você pretende manter são os pontos centrais para garantir estabilidade no futuro.

Embora o benefício do INSS forneça uma renda básica importante, raramente ele mantém o mesmo padrão de vida da fase ativa. Por isso, cada pessoa precisa construir sua própria estratégia, alinhada aos seus objetivos, ao tempo disponível para investir e ao estilo de vida desejado.

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A seguir, veja os três pilares fundamentais para calcular quanto juntar até a aposentadoria — e como transformar projeções em um plano realista e eficiente.

1. Defina o estilo de vida que deseja manter ao se aposentar

O primeiro passo é imaginar como você quer viver quando parar de trabalhar. A aposentadoria não é apenas o fim da vida profissional — é o momento de decidir que rotina deseja ter, quais atividades pretende manter, quais gastos podem aumentar (como saúde) e que objetivos ainda quer realizar.

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Para isso, é essencial calcular o custo atual de vida e projetar suas despesas no futuro. Gastos com saúde, moradia, alimentação e lazer precisam entrar no orçamento projetado de forma realista. Quanto mais clara for essa “fotografia do futuro”, mais preciso será o valor necessário para garantir tranquilidade e autonomia.

2. Estime por quanto tempo sua aposentadoria deve durar

O segundo pilar é estimar o período que seu patrimônio deverá sustentar. Com o aumento da expectativa de vida, muitos brasileiros podem viver 20 a 30 anos ou mais após a aposentadoria. Por isso, especialistas recomendam considerar sempre uma margem generosa de tempo.

A ideia é acumular um patrimônio que não apenas gere renda mensal, mas que também continue rendendo acima da inflação, preservando o poder de compra ao longo dos anos.

Além disso, é importante prever reservas extras para imprevistos, especialmente relacionados à saúde — um dos gastos que mais crescem com o passar do tempo.

3. Calcule o valor total necessário para viver com segurança

Com o objetivo definido e o tempo estimado, chega o momento de calcular o patrimônio ideal. Uma regra bastante utilizada é a chamada regra dos 4%, que sugere que é possível sacar anualmente 4% do valor total acumulado sem comprometer o patrimônio no curto prazo.

Exemplo:

  • Para receber R$ 5 mil por mês, seria necessário acumular cerca de R$ 1,5 milhão.

  • Para receber R$ 3 mil por mês, o valor aproximado seria R$ 900 mil.

Embora não seja perfeita, essa metodologia é uma referência eficiente para quem está dando os primeiros passos no planejamento.

Ferramentas como simuladores de renda futura também ajudam a tornar os cálculos mais precisos, indicando quanto investir por mês, qual tipo de investimento usar e como alinhar tudo com a renda esperada do INSS.

Investimentos indexados ao IPCA, como títulos públicos voltados à renda futura, ganham destaque por manter o poder de compra, garantindo que a renda mensal acompanhe a inflação.

Exemplos práticos de quanto investir até a aposentadoria

Para facilitar a visualização, veja duas simulações comuns:

Investidor 1

  • Idade atual: 35 anos

  • Idade desejada para se aposentar: 65 anos

  • Renda mensal desejada: R$ 3.000

  • Aporte mensal aproximado: R$ 420

Investidor 2

  • Idade atual: 45 anos

  • Idade desejada para se aposentar: 65 anos

  • Renda mensal desejada: R$ 5.000

  • Aporte mensal aproximado: R$ 1.050

Esses exemplos mostram como o tempo é decisivo: quanto mais cedo se começa, menores são os aportes mensais necessários e maior o acúmulo no longo prazo.

Diversificar a carteira com títulos públicos, fundos imobiliários, previdência privada e outros investimentos pode ajudar a construir uma aposentadoria mais robusta, embora envolva níveis diferentes de risco.

Começar cedo é o maior diferencial

Depois de fazer os cálculos, o plano precisa ser colocado em prática com regularidade. Investimentos constantes, disciplina e revisões periódicas fazem toda a diferença. Quanto mais cedo o dinheiro começa a render, menos esforço mensal é necessário para atingir o objetivo.

Construir uma aposentadoria sólida não significa seguir um modelo único, mas desenvolver um plano que respeite sua realidade, seus sonhos e a vida que você deseja viver. Quando o planejamento é bem feito, pequenos aportes ao longo dos anos se transformam em tranquilidade, segurança e liberdade de escolhas.

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