O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), por meio do promotor de Justiça Bricio Britzke, se reuniu nesta sexta-feira (14) com representantes dos catadores de lixo e de material reciclável do município de Confresa. Os trabalhadores relataram uma série de dificuldades e vulnerabilidades sociais enfrentadas pela categoria.
Aproximadamente 23 famílias dependem da atividade de coleta para sobreviver, mas o grupo tem enfrentado condições precárias e falta de apoio do poder público. Entre as demandas expostas, estão problemas relacionados à moradia, alimentação e acesso aos serviços da assistência social, que, segundo eles, têm sido negligenciados.
O promotor Bricio Britzke classificou a situação como alarmante, destacando que há, inclusive, pessoas idosas, como uma mulher de quase 70 anos, que continua trabalhando na coleta por não ter conseguido se aposentar.
Ação do Ministério Público
Atualmente, os catadores não possuem uma associação própria e estão vinculados à Associação de Mulheres Araguaia Xingu (MAX), o que dificulta a articulação para reivindicar direitos.
Diante do cenário de extrema vulnerabilidade, o promotor de Justiça irá:
- Convocar a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Trabalho (SMDST) de Confresa.
- Exigir que a Secretaria realize uma visita ao local onde os catadores estão instalados.
- Solicitar a apresentação de um plano de ação que assegure atendimento prioritário a essas famílias.
“Essas pessoas vivem em extrema vulnerabilidade e devem ser prioridade na destinação dos serviços públicos. É inadmissível que continuem invisíveis para a administração municipal”, destacou Bricio Britzke.

















