Trabalhadores da indústria de petróleo e gás buscam papel central nas decisões sobre políticas de transição energética. A Federação Única dos Petroleiros (FUP) apresentou suas propostas na COP30, realizada em Belém (PA), com foco em uma transição justa, soberana e popular.
Entre as medidas sugeridas estão a elaboração de um plano estratégico de transição envolvendo os trabalhadores, com capacitação profissional e geração de empregos de qualidade, aumento de investimentos em tecnologias de baixo carbono e incentivo ao desenvolvimento regional.
“É importante uma transição energética que fortaleça a negociação coletiva, o respeito aos direitos dos trabalhadores, evitando a precarização e garantindo o desenvolvimento sustentável”, afirmou Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP.
Bacelar participou do painel A ação sindical no Sul Global por uma transição energética justa e popular, que contou com a presença do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.
Segundo Bacelar, as mudanças climáticas representam uma oportunidade de criar um novo modelo de desenvolvimento, integrando avanço industrial com garantias sociais e ambientais.
“Para construir uma alternativa ao modelo ineficiente da economia de mercado é necessário que a transição energética seja socialmente justa, economicamente viável e eficaz para alcançar as metas climáticas”, destacou.
Margem Equatorial
A FUP considera a exploração da Margem Equatorial estratégica para a segurança energética do país, reduzindo a dependência de importação de derivados de petróleo, especialmente no Norte e Nordeste.
“É fundamental reconhecer a região como área estratégica e implementar o modelo de partilha da produção”, reforçou Bacelar.


















