Setor alimentacao comemora mudanças no vale-refeicao com decreto de Lula

O decreto presidencial moderniza o Programa de Alimentação do Trabalhador, beneficiando empresas e trabalhadores com regras mais claras e eficientes.

Fonte: CenárioMT

Setor alimentacao comemora mudanças no vale-refeicao com decreto de Lula
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou recentemente um decreto que atualiza o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), provocando reações positivas do setor alimentício. As mudanças redefinem o uso do vale-alimentação e refeição, trazendo maior transparência e modernização para o sistema.

A Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp), que representa cerca de 500 mil estabelecimentos, destacou os desafios anteriores enfrentados pelas empresas.

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“O empresário que trabalha com vale-refeição atualmente enfrenta prejuízos. Muitos estabelecimentos deixaram de operar ou nem consideram este tipo de pagamento. Pelos custos e demora no recebimento, os tickets não compensam”, afirmou Edson Pinto, diretor-executivo da Fhoresp.

Com o decreto, Pinto ressalta os benefícios: “Com novas regras, menor valor de adesão e reembolso mais rápido, esperamos maior adesão aos vales, promovendo concorrência e possivelmente redução nos preços, beneficiando o consumidor final”.

As alterações devem atingir mais de 20 milhões de trabalhadores, ampliando a concorrência entre empresas e garantindo que os recursos sejam usados exclusivamente para alimentação.

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A Fhoresp já havia solicitado essas mudanças ao governo federal em março, por meio de ofício ao vice-presidente e ministros envolvidos no desenvolvimento econômico e na microempresa.

Para a Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas (ABERC), o decreto mantém as regras atuais para sua categoria, mas amplia a liberdade do trabalhador para escolher onde utilizar o benefício. Segundo João Guimarães, presidente da ABERC, a medida respeita a finalidade do programa e reforça a autonomia do trabalhador.

Decreto

Entre as novas diretrizes, sistemas com mais de 500 mil usuários deverão ser abertos em até 180 dias, promovendo concorrência e evitando concentração de mercado. Práticas abusivas, como descontos ou vantagens financeiras não ligadas à alimentação, estão proibidas.

A taxa máxima cobrada dos estabelecimentos passa a ser 3,6%. Além disso, em até um ano, qualquer cartão do programa deverá funcionar em todas as maquininhas, garantindo interoperabilidade completa.

O repasse dos recursos aos estabelecimentos será realizado em até 15 dias após o pagamento do usuário, reduzindo o prazo atual de 30 dias. Esta regra deve ser implementada em até 90 dias.

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Gustavo Praiado é jornalista com foco em notícias de agricultura. Com uma sólida formação acadêmica e vasta experiência no setor, Gustavo se destaca na cobertura de temas relacionados ao agronegócio, desde insumos até tendências e desafios do setor. Atualmente, ele contribui com análises e reportagens detalhadas sobre o mercado agrícola, oferecendo informações relevantes para produtores, investidores e demais profissionais da área.