Durante a COP30, em Belém, o diretor de Amazônia e Meio Ambiente da Polícia Federal, Humberto Freire de Barros, afirmou que o projeto de lei Antifacção pode comprometer o combate a crimes ambientais ligados ao crime organizado na região. Segundo ele, a proposta, em debate na Câmara dos Deputados, teria influência direta em ações de repressão ao garimpo ilegal, à extração ilegal de madeira e ao tráfico de drogas na Amazônia.
Freire destacou que o Brasil vem ampliando parcerias internacionais para enfrentar delitos ambientais e reforçou que a eventual limitação de atuação da PF em investigações conjuntas com estados seria um retrocesso. O texto inicial do relator condicionava operações conjuntas à autorização de governadores, o que gerou críticas de especialistas, governo federal e da própria corporação.
Após repercussão e pressões, o relator modificou o ponto, permitindo que a PF atue com forças estaduais sem aval prévio. Ainda assim, o diretor reforçou que qualquer restrição futura seria inconcebível diante da gravidade dos crimes ambientais na região.
A Diretoria de Amazônia e Meio Ambiente da PF, criada em 2023, tem priorizado ações para desarticular redes que financiam crimes como garimpo e desmatamento. Freire afirmou que a atuação é baseada em inteligência para identificar lideranças e estruturas de financiamento, buscando desmantelar organizações inteiras.















