A Polícia Federal deflagrou a Operação Lamaçal para investigar suspeitas de desvio de recursos públicos repassados ao município de Lajeado após as enchentes de maio de 2024.
Foram cumpridos 35 mandados de busca e apreensão autorizados pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, além do sequestro de 10 veículos e bloqueio de bens que somam cerca de R$ 4,5 milhões.
As ações ocorreram em Lajeado, Muçum, Encantado, Garibaldi, Guaporé, Carlos Barbosa, São Leopoldo, Novo Hamburgo e Porto Alegre.
De acordo com a investigação, houve irregularidades no processo de contratação de uma empresa para fornecer serviços terceirizados, incluindo psicólogos, assistentes sociais, educadores sociais, auxiliares administrativos e motoristas.
A justificativa apresentada para a dispensa de licitação teria sido o estado de calamidade pública declarado pelo município. A PF aponta indícios de que a contratação não seguiu critérios de proposta mais vantajosa e que os valores pagos ficaram acima do mercado. O total dos contratos investigados é estimado em R$ 120 milhões.
Os envolvidos podem responder por desvio de verbas públicas, irregularidades em licitações e lavagem de capitais.
Posicionamento do governo
O governo do Rio Grande do Sul afirmou que a investigação não envolve a atuação atual de Marcelo Caumo como secretário de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano. Ele foi prefeito de Lajeado de 2017 a 2023.
O governo estadual declarou que está à disposição para colaborar com a investigação e que aguarda os desdobramentos, assegurando o direito de defesa dos citados.














