Um menino de 9 anos ficou ferido após ser atropelado por uma motocicleta durante uma festa de aniversário em São José do Xingu, no último dia 7. O caso foi registrado pela mãe da criança na Polícia Militar de Confresa na segunda-feira (10).
De acordo com o boletim, o garoto foi atingido quando saiu em frente ao local do evento. O motociclista, de 20 anos, trafegava em alta velocidade e, após o impacto, chegou a pegar a criança nos braços e entregá-la ao pai, antes de deixar o local sem prestar socorro — atitude que contraria os procedimentos de primeiros socorros.
A vítima foi levada inicialmente ao pronto atendimento de São José do Xingu e, em seguida, transferida ao Hospital Municipal de Confresa. Os exames indicaram múltiplas fraturas, entre elas uma na fíbula da perna direita e outra no cotovelo.
Suspeito fugiu e enviou ameaças à família
Segundo o registro policial, o suspeito chegou a comparecer à unidade de saúde logo após o acidente, oferecendo ajuda e deixando um número de telefone. No entanto, o contato foi desativado no dia seguinte. Durante o registro da ocorrência, a mãe do menino recebeu um áudio enviado pelo mesmo homem, no qual ele fazia ameaças e afirmava ter sido preso no dia 8 de novembro pelos crimes de desobediência, resistência, ameaça e desacato.
No áudio, o suspeito disse que “isso não ficaria assim”, insinuando que a mulher teria sido responsável por sua prisão. A situação aumentou a preocupação da família, que agora conta com o acompanhamento da Polícia Civil.
Investigação segue com base em múltiplos crimes
O caso foi registrado como ameaça, lesão corporal, omissão de socorro e por afastar-se do local do acidente. A Polícia Civil investiga as circunstâncias do atropelamento e as motivações das ameaças.
Conforme a legislação brasileira, omitir socorro em acidentes de trânsito pode configurar crime previsto no artigo 304 do Código de Trânsito Brasileiro, com agravantes quando há lesão corporal. As autoridades buscam esclarecer se o suspeito agiu intencionalmente ao fugir do local e qual será sua responsabilidade penal.
O caso segue sob investigação, conforme informações registradas pela Polícia Civil de Mato Grosso.
