O Corinthians enfrenta um dos momentos mais delicados dos últimos anos no mercado da bola. O técnico Dorival Júnior mantém a esperança de que a diretoria consiga resolver o transfer ban imposto pela Fifa, mas reconhece que existe o risco real de o clube continuar impedido de contratar novos jogadores na próxima janela de transferências.
Desde 12 de agosto, o Timão está proibido de registrar reforços por causa de uma dívida de aproximadamente R$ 40 milhões com o Santos Laguna, do México, referente à compra do zagueiro Félix Torres. A pendência internacional se soma a outras cinco condenações na entidade máxima do futebol, uma delas já confirmada pela Corte Arbitral do Esporte (CAS), envolvendo o meia Matías Rojas, que cobra cerca de R$ 41,5 milhões do clube. Somadas, as dívidas ultrapassam R$ 125 milhões, pressionando ainda mais os cofres alvinegros.
Empréstimo vira alternativa ao Corinthians
Para tentar aliviar a situação, a diretoria corintiana estuda a possibilidade de contrair um empréstimo de R$ 100 milhões. Mesmo assim, a incerteza é grande. Em 2025, o clube conseguiu anunciar apenas dois reforços: o lateral Fabrizio Angileri, no início do ano, e o atacante Vitinho, que chegou pouco antes da punição ser efetivada. Dorival, que havia pedido quatro reforços ao assumir o comando em abril, recebeu apenas um deles.
O planejamento para 2026 também é desafiador. Quatro jogadores têm contrato até o fim da temporada — Angileri, Maycon, Ángel Romero e Talles Magno — e podem deixar o elenco. Além disso, retornam de empréstimo Pedro Raul, Fagner e Alex Santana, que precisarão ter suas situações avaliadas pela comissão técnica.
Diante desse cenário, Dorival tenta manter o grupo concentrado na reta final do Brasileirão, mas sabe que o mercado restrito e as limitações financeiras dificultam qualquer reestruturação.
Sem garantias de novos nomes e com um elenco em reformulação, o Corinthians encara um futuro incerto, no qual o principal desafio vai além das quatro linhas: recuperar credibilidade e capacidade de investimento para voltar a ser competitivo.
