INSS e Caixa suspendem venda de seguro prestamista ligado ao crédito consignado

O INSS e a Caixa Seguridade interromperam temporariamente a comercialização do seguro prestamista, garantindo a restituição de valores cobrados indevidamente.

Fonte: CenárioMT

INSS e Caixa suspendem venda de seguro prestamista ligado ao crédito consignado
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e a Caixa Seguridade, vinculada à Caixa Econômica Federal, anunciaram a suspensão da venda do seguro prestamista associado ao crédito consignado.

O seguro, conhecido como “proteção financeira” ou “seguro vida prestamista”, cobre o saldo devedor em casos de morte, invalidez ou outras situações previstas em contrato, e é oferecido a aposentados e pensionistas.

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De acordo com o INSS, o objetivo da medida é proteger os beneficiários e assegurar a regularidade na concessão do crédito consignado.

Entre os compromissos assumidos pela Caixa Seguridade estão:

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  • suspender temporariamente a oferta do seguro prestamista;
  • impedir a vinculação comercial entre o crédito e o seguro;
  • garantir a liberação do crédito consignado sem obrigatoriedade de contratação do seguro;
  • restituir valores cobrados acima do limite de contratação;
  • respeitar o limite de até 1,6 vez a renda mensal do benefício;
  • informar ao INSS, a cada 60 dias, o andamento das restituições.

A suspensão valerá por 30 dias ou até que o processo administrativo que analisa possíveis irregularidades seja concluído.

Em nota, o INSS destacou que o acordo visa proteger os interesses dos beneficiários e garantir a conformidade com a legislação na contratação do crédito consignado. A Caixa Seguridade informou que cumpre as normas vigentes, mas aceitou a suspensão para revisar procedimentos e colaborar com a apuração.

Outros bancos

Nos últimos meses, o INSS já havia tomado medidas semelhantes, suspendo novas autorizações de crédito consignado após operação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União que identificou descontos indevidos. Além disso, cancelou acordos de cooperação técnica com oito instituições e suspendeu, de forma cautelar, a autorização de quatro bancos e financeiras para operar com consignado.

Em outubro, o Banco BMG se comprometeu a restituir mais de R$ 7 milhões cobrados indevidamente de cerca de 100 mil beneficiários, valor que será abatido diretamente nas faturas.

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Graduado em Jornalismo pelo Unasp (Centro Universitário Adventista de São Paulo): Base sólida em teoria e prática jornalística, com foco em ética, rigor e apuração aprofundada. Envie suas sugestões para o email: angelo@cenariomt.com.br