As projeções do mercado financeiro para a inflação e o desempenho da economia brasileira permaneceram inalteradas na edição mais recente do Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central.
A expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano segue em 2,16%. Para 2026, a projeção permanece em 1,78%, enquanto para 2027 e 2028 as estimativas são de 1,88% e 2%, respectivamente.
No segundo trimestre, a economia registrou alta de 0,4%, impulsionada pelos setores de serviços e indústria. Em 2024, o PIB acumulou avanço de 3,4%, marcando o quarto ano consecutivo de expansão.
A cotação do dólar deve fechar este ano em R$ 5,41, com previsão de R$ 5,50 no fim de 2026.
Inflação
A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 4,55% neste ano. Para 2026, a previsão permanece em 4,2%, enquanto 2027 e 2028 têm estimativas de 3,8% e 3,5%, respectivamente.
O índice ainda supera o teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Após queda em agosto, a inflação oficial registrou alta de 0,48% em setembro, influenciada principalmente pelo aumento da energia elétrica. No acumulado de 12 meses, o IPCA alcançou 5,17%, segundo dados do IBGE.
Juros básicos
A taxa básica de juros, a Selic, permanece em 15% ao ano, conforme decisão recente do Comitê de Política Monetária (Copom). O Banco Central avaliou que o cenário internacional segue instável e que, no cenário interno, a inflação ainda acima da meta exige cautela.
A expectativa é de que a Selic encerre 2025 no mesmo patamar. Para 2026, o mercado projeta queda para 12,25% ao ano, com novas reduções previstas para 10,5% em 2027 e 10% em 2028.
Quando os juros são elevados, o objetivo é frear a demanda e reduzir a pressão sobre os preços, ainda que isso desacelere a atividade econômica. Já cortes na Selic tendem a baratear o crédito, estimular consumo e produção, e pressionar a inflação.



















