Conforme divulgado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), o Mato Grosso consolidou, entre 2019 e 2025, sua presença em feiras e fóruns na China, com foco em fortalecer parcerias comerciais e ampliar o acesso ao mercado asiático. A participação na China International Import Expo (CIIE), realizada de 5 a 10 de novembro, em Xangai, marca a terceira presença consecutiva do Estado no evento, considerado uma das maiores vitrines de importação do mundo.
Segundo dados oficiais da Sedec, de janeiro a setembro de 2025, o Estado exportou US$ 9,95 bilhões para o país asiático, o equivalente a 44,15% de suas vendas externas. Entre os principais produtos comercializados estão:
- Soja: US$ 7,9 bilhões (79,43%)
- Carne bovina congelada: US$ 1,44 bilhão (14,5%)
- Algodão: US$ 174 milhões (1,76%)
Promoção da produção local
Durante a CIIE, o Instituto Mato-Grossense da Carne (Imac) apresentou o corte MT Steak, criado para representar a qualidade e a rastreabilidade da pecuária estadual. Investidores e visitantes puderam degustar o produto no estande oficial da comitiva brasileira.
O presidente do Imac, Caio Penido, afirmou que o evento é uma oportunidade estratégica para reforçar práticas de produção com controle sanitário e compromisso ambiental. Segundo ele, a carne bovina mato-grossense é produzida em condições de baixo impacto climático e segue critérios do Código Florestal.
Agenda estratégica desde 2019
A participação na CIIE integra uma agenda contínua de internacionalização iniciada em 2019. Conforme documentos institucionais da Sedec, o Estado esteve presente em nove eventos comerciais e diplomáticos na China nos últimos anos, incluindo a SIAL China, o Fórum Global de Desenvolvimento Portuário de Livre Comércio (Hainan), o Fórum de Boao para a Ásia e o Fórum Empresarial Brasil-China em Pequim, que resultou em R$ 27 bilhões em investimentos anunciados para o Brasil.
Além das exportações, a China é também o principal fornecedor de insumos para o agronegócio mato-grossense, especialmente fertilizantes e defensivos agrícolas, representando 27,35% das importações do Estado em 2025.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Cesar Miranda, a estratégia busca diversificar a pauta exportadora e atrair novos projetos, fortalecendo cadeias produtivas locais e ampliando a presença brasileira em mercados internacionais.
Contexto econômico
- China é a principal parceira comercial do Estado.
- Soja e proteína animal lideram as exportações.
- Importações chinesas são essenciais para a produção agrícola.
Reportagem baseada em dados e comunicados oficiais da Sedec e do Imac.


















