A China retomou a compra de carne de frango do Brasil, após suspender as importações em maio devido ao registro de um caso de gripe aviária em uma granja comercial no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul.
A liberação foi anunciada pela administração das alfândegas chinesas e confirmada pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que destacou o trabalho técnico e diplomático realizado pelo governo brasileiro para restabelecer o fluxo comercial.
Segundo a entidade, a suspensão havia ocorrido no contexto do único foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) na produção comercial registrada no país, já superado.
Antes da interrupção, a China era o principal destino da carne de frango brasileira, tendo importado 562,2 mil toneladas em 2024, o equivalente a cerca de 10,8% do total das exportações no período. De janeiro a maio de 2025, o país havia adquirido 228,2 mil toneladas, gerando receita superior a US$ 545 milhões.
O Brasil se declarou livre da doença em junho, após a desinfecção completa da granja afetada e o cumprimento do período de monitoramento sem novos registros. Posteriormente, em setembro, a União Europeia também reconheceu o status sanitário brasileiro.
A ABPA afirmou que a reabertura reflete um processo de negociações que envolveu atualização de certificados sanitários e diálogo constante entre governos. Para a entidade, a retomada das compras chinesas consolida o sucesso da estratégia conduzida pelo Ministério da Agricultura, o Planalto e o Itamaraty.














